O futuro do técnico Wagner Velloso ainda é incerto. Após as eliminações no Paranaense e na Copa do Brasil, o treinador deixou de ser unanimidade junto à diretoria.
Um quadro que torna as respostas evasivas em todos os questionamentos sobre o comando técnico. “Estamos num processo de avaliação interna”, resume o vice de futebol Márcio Villela, esperando bater o martelo nessa questão apenas quando sentir que Velloso é nome de consenso. Não fosse o jogo desta tarde, seria como se o Tricolor estivesse “fechado para balanço”.
Diante dos recentes equívocos, a diretoria tricolor sabe que não pode cometer deslizes no planejamento para a Série B. Na montagem do elenco e na formação do grupo de jogadores.
Desde a saída de Zetti, em maio de 2007, o Tricolor viu passar pelo comando do time nada menos do que oito treinadores. Um técnico a cada três meses, com direito a mudanças profundas no elenco.
Resultado: campanhas irregulares, com direito a rebaixamento para a Série B, risco de rebaixamento para a terceirona nacional e até para a segunda divisão do inexpressivo campeonato paranaense.
Depois do ex-goleiro são-paulino, que comandou o Paraná na inédita Libertadores, o clube trouxe Pintado, Gilson Kleina, Lori Sandri, Saulo de Freitas, Paulo Bonamigo, Rogério Perrô, Paulo Comelli e, por fim, Wagner Velloso.
“Estamos, a rigor, avaliando tudo o que foi feito nestes últimos cinco meses. Tudo está sendo ponderado, inclusive o trabalho do Velloso”, explicou Villela. O dirigente promete para a próxima semana uma posição definitiva para esta questão, bem como para a liberação daqueles jogadores que não continuarão no clube.
Villela não fala em lista de dispensas, mas é certo que na reconstrução do time, muita gente vai “rodar”. O clube, na palavras do próprio Wagner Velloso, “está medindo o custo benefício de cada um”. Numa prévia, estima-se que o Paraná terá que trazer de dez a doze reforços para montar sua nova base para a Série B.
Situação que obrigará a diretoria a cortar um número parecido de atletas do atual elenco, que já conta com 34 jogadores. Como o foco principal, hoje, é a defesa, o primeiro nome a ser confirmado na próxima semana deverá ser o de Aderaldo, que está voltando ao clube.
Aderaldo, 31 anos, está passando pelos exames médicos de rotina e assina contrato até o fim da temporada. Além do zagueiro, o clube também está trazendo o lateral-esquerdo Murilo Ceará (21), que estava no Ituano e disputou a Série B do ano passado pelo Juventude de Caxias do Sul.
A diretoria não cita nomes e se limita a confirmar que na próxima semana colocará um fim nas especulações, definindo a maioria das transações que estão em andamento.
