Vadão quer ver o Atlético ditando o ritmo da partida

A Arena vai ser a principal arma do Atlético para passar pela Ponte Preta, às 16 horas de amanhã, pela 12.ª rodada do campeonato brasileiro. Não o estádio em si, mas na forma de jogar do time diante dos adversários nesta competição.

Sem conseguir manter uma regularidade dentro e fora de seus domínios, o técnico Osvaldo Alvarez quer usar o fator psicológico de jogar em casa para buscar a reabilitação e voltar a subir na tabela de classificação. De preferência, mostrando aquele mesmo futebol apresentado contra o Flamengo.

“Além de jogar em casa, nós jogamos por uma melhor classificação. Então a nossa equipe tem que entrar e jogar bem, como fez na maioria dos jogos. Jogando bem, você diminui a chance do adversário”, aposta Vadão. Para ele, nem o fato de o treinador adversário (Abel Braga) ter recusado a proposta do Grêmio e ter se fechado com os jogadores campineiros pode atrapalhar os planos de voltar a vencer no Brasileirão. “A informação que eu tenho é que ele vai ficar na Ponte, mas indiferente a disso, depende muito do comportamento nosso”, afirma.

Outro ponto favorável ao comandante rubro-negro é o bom conhecimento que tem do adversário. “O Abel também conhece o Atlético e aí está tudo empatado. O que vale é jogar bem. É óbvio que, conhecendo a característica de cada jogador, dá para passar essas informações para os jogadores, mas o mais importante é jogar bem”, diz. Apesar de não declarar publicamente, a intenção de Vadão é chegar próximo do futebol apresentado diante do Flamengo.

Para conseguir seu objetivo, o treinador apostará em Rodrigo na meia-cancha (no lugar de Luciano Santos, suspenso) e ainda está na dúvida de quem entra no lugar de Ilan (também suspenso). As opções são Selmir e Fernandinho, que tiveram um coletivo na semana para mostrar serviço entre os titulares. “O Selmir é um jogador mais de área, que tromba mais, que prende os zagueiros, forte nas jogadas aéreas, e o Fernandinho você ganha na técnica e na habilidade, na leveza, na flutuação”, analisa.

As duas opções agradaram o treinador e hoje deve sair a definição de quem ganha a posição. “Vou pensar com um pouco mais de calma, já que eu estou na dúvida, não tem porque eu me precipitar. Vou assistir o videoteipe, analisar bem a Ponte e ver aquilo que será melhor”. Hoje, o profissional deve comandar apenas um treinamento recreativo no CT do Caju e divulgar a escalação oficial para a partida de amanhã.

Reservas brigam por vagas no Atlético

Não foi só Kléberson, Adriano e Ilan que comemoraram a convocação para a seleção brasileira. Sem os três, o time do técnico Osvaldo Alvarez irá abrir espaço para os reservas imediatos mostrarem serviço e curtirem uma de titular por, pelo menos, um mês. Nesta situação estão os meias Rodriguinho, Fabrício e Jádson e os atacantes Ricardinho, Fernandinho e Selmir. Todos eles correndo atrás de uma das três vagas abertas agora pelos novos pupilos de Carlos Alberto Parreira e pelas quase certas convocações do atacante Dagoberto e do volante Isaías para a seleção olímpica.

Uma verdadeira revolução no Rubro-Negro, que pode transformar reservas em titulares da noite para o dia. “É um incentivo a mais. O Ilan está na seleção e isso deu uma brecha para eu trabalhar mais tranqüilo e mostrar meu futebol para tentar ser titular durante um mês”, diz o atacante Selmir. O jogador tem razão. Sem a presença de Ilan e de Dagoberto (presença certa na disputa da Copa Ouro, no final de julho), o ataque rubro-negro abre uma vaga por, pelos menos, quatro rodadas. Depois, com a saída de Dagoberto, pode abrir mais uma. “Eu estou tranqüilo, sei das minhas condições, sei que posso mostrar um bom futebol e, se o professor optar por mim, estarei pronto para dar o meu melhor pelo time”, destaca.

O pensamento dele é mais do que certo. Nesta hora, os reservas precisam estar o mais preparados possível, já que essas vagas abertas agora podem se manter pelos próximos meses. Como a presença na seleção pode alavancar uma transferência para o exterior de qualquer um dos três e até novas convocações, a vaga que for conquistada agora pode se tornar definitiva no restante do Brasileirão. “A gente sempre espera a oportunidade e, se for dessa vez, vamos fazer de tudo para estar preparado”, analisa o meia Rodriguinho, forte candidato a conquistar um lugar no time.

Correndo por fora, Fabrício também quer aproveitar as brechas para poder voltar ao time. “A gente torce pelos companheiros na seleção, mas vamos trabalhar para provarmos que também podemos fazer um bom trabalho na equipe titular.” Já o atacante Fernandinho pode atuar tanto na meia quanto no ataque, tem chances em dobro de curtir a titularidade repentina. “O mais importante é estar bem preparado para não decepcionar o professor”, finaliza.

Voltar ao topo