O incidente mais recente de violência de torcedores da Polônia levou os dirigentes a pedirem nesta quarta-feira a implementação de medidas mais rigorosas antes do país sediar a Eurocopa de 2012. O jogo da Copa da Polônia entre Legia Varsóvia e Lech Poznan, em Bydgoszcz, terminou na terça-feira em um tumulto com a polícia combatendo torcedores que invadiram o campo e jogaram fogos de artifício, quebraram assentos e arremessaram objetos.
A polícia usou um canhão de água na direção dos torcedores, que causaram prejuízos de cerca de 40.000 zlotys no jogo vencido pelo Legia por 5 a 4. A Uefa disse que está “ciente dos incidentes e continuará trabalhando em conjunto com as várias entidades envolvidas em questões de segurança para desenvolver e pôr em prática todas as medidas necessárias”.
Os tumultos têm levantado questões sobre a segurança no país antes da Eurocopa de 2012, que a Polônia vai sediar junto com a Ucrânia. O primeiro-ministro Donald Tusk disse que o país tem uma “legislação restrita” e apelou às autoridades e os organizadores das partidas a aderirem rigorosamente a elas.
Eles devem seguir a orientação da polícia e fechar o estádio para os torcedores se a segurança não puder ser garantida durante os jogos, disse Tusk. Ele pediu punições rigorosas ao vandalismo e também a quem levar objetos perigosos aos estádios ou cobrir os rostos durante distúrbios.
Já o presidente da Federação Polaca de Futebol Grzegorz Lato culpou a lei por não permitir o banimento de torcedores, e Rafal Bruski, prefeito de Bydgoszcz, disse que a ineficiência da lei e da polícia foram culpados. “Nós não temos ferramentas para combater os falsos torcedores”, disse Lato. “A polícia, o Ministério Público e os tribunais têm as ferramentas. Temos feito tudo o que pudemos”.
Lato disse que a confusão é um “escândalo” e expõe a fragilidade da legislação polonesa. Ele acredita que não deve haver problemas nos estádios durante a Eurocopa de 2012 porque a maioria dos ingressos serão vendidos aos torcedores de vários países.