Troca de técnicos deu resultado

Houve uma revolução no Palmeiras, no Vasco e no Goiás na noite de quarta-feira. Os três clubes conseguiram vencer jogando fora de casa – Figueirense, Santos e Inter, respectivamente. Em comum nessas façanhas, a estréia dos novos treinadores – Leão, Renato Gaúcho e Geninho.

A revolução, no entanto, costuma ter data de validade. O efeito empolgação normalmente dura duas ou três rodadas, no máximo.

"Eu só dei dois treinos. Ficaria impossível fazer uma grande mudança tática. Tratei apenas de recuperar psicologicamente o Goiás. Técnico que estréia não é milagroso, só estimula o milagre", brincava Geninho após a vitória (3×2) no Beira-Rio.

"Mesmo que os jogadores não queiram, a chegada de alguém novo no comando da equipe desperta aquela expectativa de que tudo de ruim ficará para trás", disse Juninho Paulista sobre a chegada de Leão.

"Eu só tratei de pedir aos jogadores mais velhos do elenco, como o próprio Juninho Paulista, não terem tanta responsabilidade para marcar. Os outros tinham que correr. O Palmeiras precisava de empolgação. E foi o que não faltou contra o Figueirense", explicou Leão, após a vitória por 4 a 1 em Santa Catarina.

Já o atacante Alex Dias afirmou, após a vitória do Vasco sobre o Santos: "O Renato Gaúcho conseguiu nos motivar. Ele foi sincero e mostrou muita confiança no nosso time. Essa força que o Renato nos deu era o que precisávamos para vencer o Santos na Vila Belmiro. Taí o resultado."

Renato Gaúcho sabe usar a mídia como poucos. Ao herdar o time de São Januário, ele tratou de dizer que o Vasco com ele seria "Romário e mais dez". O técnico sabe bem que o veterano atacante não tem condições físicas para estar sempre em campo. Tudo o que ele queria era trazer o importante jogador para o seu lado. E foi o que conseguiu. "O Renato trouxe de novo a alegria para o Vasco", festejou Romário.

Por essa mística da troca de técnicos, o Brasileirão chegou à sua 13.ª rodada e 16 treinadores foram demitidos. "Nós temos de estimular um grupo. Não há maneira mais rápida e eficiente do que trocar de comandante. É mais prático e viável do que mandar embora todo um time", afirma o diretor de futebol do Palmeiras, Salvador Hugo Palaia.

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