O atacante Rodrigo Pimpão e o goleiro Mauro, não por acaso, foram os jogadores mais requisitados para entrevistas no dia seguinte à vitória em Goiânia. Um deles levou a melhor no duelo com o artilheiro da Segundona, defendendo até pênalti. O outro saiu do banco de reservas para decidir a sorte do jogo com dois gols, onde esbanjou categoria e frieza.
“Tinha a convicção que marcaria um gol. O segundo veio de bônus”, disse o garoto Pimpão. Com um sorriso estampado no rosto, ele sabe que essas participações decisivas – já havia sido fundamental na vitória sobre o América-RN – abrem caminho para uma disputa direta pela condição de titular.
“Estou fazendo a minha parte. Mas a decisão de quem joga é do professor. Ele sabe o que está fazendo”, afirma Pimpão, com a mesma serenidade com a qual driblou Max para empurrar a bola para as redes e definir a vitória tricolor.
“Hoje estou com a 17. Amanhã, quem sabe? O importante é que o time está vencendo”, emendou o atacante. Também com tranqüilidade, Mauro comentou os principais lances do jogo em Goiânia, entendendo que a estratégia -também agredir o adversário – e a aplicação do grupo foram os pontos decisivos para a vitória sobre o Vila Nova. “Deu tudo certo. Fizemos por onde chegar a essa vitória”, comentou.
Um resultado que veio como um presente para o atleta, no dia do seu 31.º aniversário. “O pênalti foi o lance marcante. Defender uma penalidade, para um goleiro, é como marcar um gol”, emendou o camisa 1 tricolor.
Nos bastidores, alguns brincaram que a defesa do Mauro pode ter tirado alguns votos de Túlio, às vésperas do pleito eleitoral. O artilheiro da Segundona é candidato a vereador em Goiânia. “É um jogador consagrado. Acho que ele se elege”, disse Mauro, em paz depois de viver um período tenso e de cobranças no Paraná.