Tricolor tem sequência de jogos complicada

Dizem que retrospecto não ganha (ou perde) jogo. Mas, o desempenho histórico do Paraná Clube contra seus últimos dez adversários nesta Série B é pouco animador. Ainda mais diante da atual necessidade do time, que precisa desesperadamente de quatro vitórias para evitar o risco de degola.

A rigor, o Tricolor só leva alguma vantagem contra dois adversários, sendo que há uma igualdade absoluta em relação a outros três clubes. Outros cinco rivais têm números superiores na história dos duelos.

Não há nenhum tabu emblemático em jogo, mas há um sinal claro que se não mostrar superação, o Paraná terá sérios problemas nesta reta final da Segundona.

“Temos que mostrar mais aplicação, mais vergonha na cara”, anunciou Roberto Cavalo, mostrando o tom que adotará na preparação do time para o jogo de sexta, frente ao Atlético-GO. “Todos estão vendo que vivemos dificuldades para acertar o nosso ataque. Hoje, estamos restritos a Adriano e Wellington Silva”, ponderou o treinador, que já antecipou a efetivação de Wellington com a camisa 9.

Com cinco jogos a realizar em casa e outros cinco fora, o Paraná terá que ao menos manter o atual rendimento. Mesmo ocupando a 13.ª posição, o clube está somente a quatro pontos da ZR e o treinador sabe que qualquer deslize pode ser fatal.

“Não dá para adiar mais. A partir de agora, quem fraquejar pode não ter tempo para buscar uma reação”, lembrou. E, a cada ano, há um quadro recorrente: na reta final, algum clube que estava em posição intermediária, acaba caindo, com a consequente ascensão de clubes da ponta de baixo da tabela.

Na Série B, desde 2006 -quando a competição passou a ser disputada por pontos corridos – tem sido assim. Na primeira edição nesses moldes, Portuguesa e Remo (que estavam na ZR a dez rodadas do fim) se safaram e Vila Nova e Paysandu naufragaram.

Em 2007, o Avaí reagiu, para desespero do Santa Cruz, que caiu. Já no ano passado, o Brasiliense trocou de posição com o Gama. Todos esses times rebaixados, a dez jogos do fim estavam numa posição de relativo conforto, entre a 11.ª e a 15.ª posições.

“A reação tem que ser imediata. Não podemos perder tantos pontos em casa”, sentenciou Cavalo, que ainda não venceu jogando na Vila Capanema. A rigor, o Paraná precisa se aproximar ao menos daquilo que fez no primeiro turno, sob o comando de Sérgio Soares.

Nessas mesmas dez rodadas -mas com mandos invertidos -, foram cinco vitórias, um empate e quatro derrotas. “Não adianta mais ficar procurando desculpas ou pedindo apoio da torcida. Temos que fazer a nossa parte. E bem feita”, resumiu o goleiro Zé Carlos.