Fim melancólico

Tricolor se despede hoje do Campeonato Paranaense contra o Cascavel

Em meio à melancolia pelo fracasso do time e à incerteza quanto ao futuro, o Paraná Clube entra em campo às 18h30, no Olímpico Regional, para o “bota fora” neste Campeonato Paranaense.

O jogo frente ao Cascavel poderá marcar a despedida de vários jogadores e nem mesmo a comissão técnica tem destino certo. O departamento de futebol será reformulado e somente a partir de segunda-feira Aramis Tissot, na condição de presidente, irá estabelecer diretrizes para a disputa da Série B.

O técnico Ricardo Pinto não esconde o desejo de permanecer. Porém, diz estar preparado para uma eventual dispensa. “Faz parte do futebol e a gente tem que estar pronto para tudo. Gostaria muito de poder iniciar um trabalho, mas não sei, sinceramente, o que irá ocorrer”, disse o treinador.

“Não serve como desculpa, pois acho que poderia ter tirado mais desses jogadores. Só que desde a minha chegada, trabalhamos sempre sob pressão. E isso é complicado quando se trata de um grupo jovem como o nosso”, analisou.

Dezoito dos vinte pontos que o Paraná somou, até aqui, foram conquistados sob o comando de Ricardo Pinto. “Não lamento nada do que fiz. Acho que escalei sempre os melhores jogadores para o momento do jogo. Agi com lealdade com todos e isso é o que importa”, ressaltou.

Os números obtidos pelo treinador lhe dariam uma tranquila posição intermediária na tabela de classificação. Numa projeção simples, o rendimento da “era” Ricardo Pinto seria suficiente para deixar o Tricolor numa modesta 5.ª colocação.

“Não considero o Paraná rebaixado, por tudo que vi e li a respeito do processo do Rio Branco. Então, temos que fazer o nosso melhor nesse jogo e depois deixar tudo nas mãos dos advogados”, disse o técnico paranista, confiante na punição ao time parnanguara, que teria atuado com um jogador irregular em seis partidas. “O Paraná está apenas brigando por justiça. Nada mais do que isso. É hipocrisia falar o contrário, pois não fomos nós que erramos ao registrar o atleta. Quem errou que pague”, disparou Ricardo.

Sobre seu futuro – há especulações de um convite para que exerça outra função no clube -, Ricardo Pinto foi taxativo. “Já estou nessa estrada há seis anos. Meu projeto de vida é ser treinador e não pretendo mudar”, afirmou.

Hoje, Ricardo Pinto completa quinze jogos à frente do Tricolor. Até aqui, entre Paranaense e Copa do Brasil, foram seis vitórias, três empates e cinco derrotas, com aproveitamento de 50%.