O que deveria ser o dia da reabilitação foi mais uma noite de agonia. O Paraná mostrou seus defeitos e não conseguiu a primeira vitória no Campeonato Paranaense.
O empate em 1×1 com o Paranavaí, ontem, na Vila Capanema, deixou claro que, apesar de contratar 16 jogadores, o Tricolor está muito carente de atacantes, e precisa olhar com cuidado para seu setor defensivo.
Convenhamos. Quem foi ao Durival Britto, ontem, estava pronto pra tudo. A péssima atuação na derrota para o J. Malucelli desanimou muita gente. Mesmo assim, os torcedores acreditavam em uma reabilitação.
Pressionado pela obrigação de vencer, o Tricolor foi pra cima desde o começo. Tomou conta do jogo, teve a maior posse de bola, o controle tático e impressionantes dezesseis escanteios somente no primeiro tempo (foram vinte no total). O Paranavaí não teve uma oportunidade de gol sequer.
A melhora do time era evidente: Kleber, em sua posição, rendia mais; com Agenor em ótima fase, Hernani jogava mais protegido; Edu Silva aparecia bem pela esquerda e nos escanteios; e Lenílson, mesmo ainda fora de forma, mostrou lampejos do bom jogador que é.
Mas ainda faltava o ataque. Abuda e Wellington Silva não conseguiram aparecer com qualidade no primeiro tempo. Abuda até teve uma chance, a melhor dos 45 minutos iniciais, mas desperdiçou o ótimo passe de Lenílson.
Tirando isso, foi um festival de passes errados e inoperância dos dois homens de frente. Ficou evidente que, se o Paraná tivesse um jogador de qualidade no ataque, teria feito pelo menos dois gols na primeira etapa.
“Só precisamos de calma. O gol é questão de tempo”, disse Paulo Comelli, na volta do intervalo. Mas o tempo passava e nada dele vir. O domínio era o mesmo, mas a qualidade técnica caiu inexplicavelmente, e as chances rarearam. Apesar disso, só dava Paraná, o gol seria uma questão de tempo. Seria.
Aos 25 minutos, o Paranavaí foi ao ataque pela primeira vez. Rodrigo Silva cruzou e Ramos, sozinho, cabeceou. A zaga falhou, Felipe saltou atrasado e o ACP abriu o placar. O Tricolor sentiu o gol, e só retomou a pressão após as entradas de Osmar e do jovem Elvis e a expulsão de Elvis, o dos visitantes.
Mesmo desordenado, o Paraná empatou aos 41 minutos, em um pênalti sofrido por Osmar e convertido por Lenílson. O gosto amargo da derrota desaparecia, mas os evidentes problemas tricolores não foram mascarados.
