Tricolor amarga mais uma derrota na Vila

Os paranistas que ficaram em casa na noite de ontem não se arrependeram. Com pouca gente nas arquibancadas, e debaixo de chuva, o Paraná Clube voltou a ser derrotado – desta vez para o Operário de Ponta Grossa, por 2 x 1. Diante do novo desastre na Vila Capanema, o Tricolor permaneceu sem vencer no Campeonato Paranaense e novamente foi dormir na lanterna da competição.

Se antes do jogo alguns torcedores tomavam partido para defender o treinador Roberto Cavalo ou o vice de futebol Paulo César Silva, que durante a semana se tornaram desafetos pela situação caótica do clube, no fim da partida ninguém se salvou.

Os tricolores foram embora protestando contra tudo e contra todos – jogadores, técnico e presidência. Houve até quem usasse um nariz de palhaço para mostrar insatisfação.

Todo desespero da torcida foi reforçado pela apresentação tricolor dentro de campo. Apesar de visitante, quem deu as cartas do jogo foi o Fantasma da Vila Oficinas.

O time interiorano não teve medo de atacar, dar chutões e não economizou nas faltas para voltar pra casa com a vitória. Na primeira infração operariana, a torcida do Paraná se desapontou pela primeira vez.

Aos 7 minutos, Renato foi derrubado na área e chutou a penalidade no meio do gol, nas mãos do goleiro Ivan do Fantasma. O primeiro castigo veio poucos minutos depois, quando a equipe de Ponta Grossa começou a aproveitar os contra-ataques.

Depois de escanteio cobrado por Grilo, aos 10 minutos, Ícaro apareceu de cabeça e marcou o primeiro gol do jogo. De forma desordenada, o Paraná chegou a dar o troco aos 22.

Após bola cabeceada em direção à ponta direta da área, Kelvin arrancou e tocou a bola com classe para o fundo das redes. Em tom de protesto, muitos torcedores se recusaram a comemorar.

Para piorar, o Tricolor voltou a dar espaço para os visitantes e o pior pesadelo se tornou realidade aos 44 minutos. Depois de buscar a bola na entrada da área, Cambará mandou uma bomba e deixou o Operário novamente na frente.

O placar ainda poderia ter sido ampliado aos 4 da etapa final. Depois de avançar pela ponta direita, Lisa foi derrubado e o árbitro Paulo Roberto Alves Júnior apontou para a marca de cal.

Ícaro foi para a cobrança e mandou a bola na trave, dando uma falsa esperança ao torcedor tricolor de que a situação poderia mudar. Porém, o time se encolheu na etapa final e não teve nenhum poder de reação. Bom para o Operário, que voltou para Ponta Grossa ocupando provisoriamente a 4.ª colocação e ainda com chances de brigar pelo título do 1.º turno.