A reduzida nação corintiana de Curitiba, composta pela centena de torcedores que sempre comparece aos jogos no Janguitão, manteve-se fiel na tarde de ontem. Pouco se importaram quando a torcida do Paraná começou a gritar “vergonha, vergonha”, depois do Alvinegro entrar em campo.
Responderam aplaudindo seu segundo time do coração, enquanto esperavam a bola pra rolar. O estudante Leonardo Clausi, 18 anos, sempre que pode vai até São Paulo ver seu time em campo. Mas agora aproveita para, nos momentos de folga, poder ir aos estádios de Curitiba.
“Sempre venho ver o Timãozinho. Fiz parte do verdadeiro ‘bando de loucos’ que foi até a Arena, contra o Atlético. Já que falam que esse time é uma vergonha, estamos aí pra provar o contrário”, disse ele, que trajava a camisa do xará paulista, mas tinha em mãos uma do Paranaense. “Comprei agora”, ressaltou o jovem, que compareceu ao “Parque São Jota” acompanhado de um primo.
Outro torcedor do time paulista que esteve presente foi Jeferson Assunção, 37 anos. Acompanhado de seu filho de 10, ele disse que pela primeira vez foi ao estádio ver o Timãozinho. “Aqui é mais sossegado. Até mesmo que os jogos do Timão na capital, onde tenho que esconder a camisa do time no carro pra evitar brigas”.
O carinho pelo Alvinegro do Parque Barigui, no entanto, é apenas uma simpatia. Um jovem com a camisa 9 de Ronaldo sequer sabia da existência de um xará de R9 no time local – com a camisa 7. Um garoto que imitava o humorista Zina, falando “Ronaldo. Brilha muito no Corinthians” também comentou não saber da presença de um “clone” do Fenômeno. “Só sei que tem o Willian. Esse joga muito e sempre faz gols”.