Titulares voltam para reforçar o Atlético hoje

Agora é que o bicho vai pegar. O Atlético entra em campo hoje para enfrentar o “desconhecido” Cianorte e para confirmar o bom desempenho na primeira fase do campeonato paranaense.

Sem muitas informações sobre o adversário, o rubro-negro está tratando a partida como se fosse uma decisão contra um campeão do mundo. Para tanto, terá força máxima com a volta do goleiro Diego, do zagueiro e capitão Rogério Correia e do ala-esquerdo Marcão. A partida está programada para as 20h30, na Arena da Baixada.

“O Caio (Jr., treinador do Cianorte) inteligentemente tirou uns três, quatro jogadores do time titular, porque já estava classificado, e, qualquer avaliação que se possa fazer em cima do time que jogou no domingo é precipitada”, revelou o técnico Mário Sérgio. Na partida contra o União Bandeirante, o auxiliar técnico Nílson Borges esteve presente para assistir ao adversário de hoje e passou as informações, que podem mudar devido a alterações na equipe do interior. “Eu acho que nós temos que ver na prática, no dia do jogo. Se houver a necessidade de se mudar alguma coisa, a gente muda na hora”, aponta.

Para complicar, enquanto o Atlético quase não assistiu ao Cianorte, o contrário não pode ser dito, já que quase todos os jogos do time da Baixada foram mostrados pela televisão. “O Caio é um técnico competente, é um rapaz estudioso e estará preparado para nos enfrentar. Então, nós teremos dificuldades maiores ainda do que tivemos em toda a primeira fase”, analisa. Segundo ele, o seu time não teve tantas facilidades como os resultados fazem crer. “Os resultados foram construídos em função da aplicação do time”, destaca.

Para pegar o Leão do Vale do Ivaí, o treinador tem praticamente todo o elenco à sua disposição. Com exceção de Marinho, Valnei e Ricardinho, que ainda não estrearam este ano, apenas Fabrício (com dores lombares) não poderá ficar nem no banco. Com isso, o time que começa a partida é o considerado titular, com a volta de Diego (recuperado de uma fratura no dedo indicador da mão esquerda) e Rogério Correia e Marcão (após suspensão automática).

No domingo, o time deverá ter mais novidades. O volante Vânderson, o zagueiro Ramalho e o atacante Dagoberto já ficarão à disposição de Mário Sérgio e poderão, finalmente, estrear na competição. Será a única viagem do clube nesta fase do estadual.

Diego volta, depois de dois jogos

Nunca o goleiro Diego ficou tanto tempo sem jogar uma partida oficial. E olha que foram apenas dois jogos, uma eternidade para o jogador e o suficiente para deixá-lo impaciente e apressar a recuperação da fratura do dedo indicador da mão direita. De volta à camisa número 1 do Atlético contra o Cianorte, o arqueiro entra em campo mantendo a seriedade na competição e exercendo novamente a sua condição de líder natural da equipe.

“Pela primeira vez fiquei dois jogos consecutivos sem atuar em toda a minha carreira, e, por isso, a minha motivação e a vontade de curar o mais rápido possível foi muito grande”, diz o goleiro Diego. Para ele, enfrentar o Cianorte vai ser mais uma partida difícil, levando-se em conta a campanha que o adversário fez na primeira fase. “Eles devem ter seus méritos e todas as partidas são consideradas decisões para nós”, analisa o arqueiro.

Para Diego, não existe pressão neste momento em função da ambição do time querer ser campeão invicto e ser apontado como o principal candidato ao caneco. “Nós estamos muito focalizados em torno daquilo que nós queremos nesse campeonato, que é o título. Para isso, nós estamos nos esforçando dentro de campo desde o início da pré-temporada”, aponta. Ele diz que os bons resultados são os frutos que o Rubro-Negro vem plantando desde o início do estadual. “Estamos bem preparados e, quando chega o dia do jogo, nós estamos bastante concentrados”, garante.

Além desta preparação técnica e tática, Diego agrega mais uma quando entra em campo: a falação. “Eu procuro falar sempre, não me escondo em momento algum e assumo a responsabilidade e isso é uma característica minha”, revela. De volta ao time, ele pretende manter a mesma postura. “Vou procurar contribuir de todas as maneiras para ajudar e, até mesmo, algumas orientações ali atrás de coisas que eu estou vendo”, promete.

Segundo ele, o grande diferencial deste ano é que os outros jogadores também estão conversando mais durante os jogos. “Todos os atletas do Atlético estão falando hoje dentro de campo. Isso não acontecia no ano passado e foi bastante cobrado, principalmente entre nós, e tem acontecido isso este ano”, finaliza.

Para Cianorte de Caio, um jogo histórico

O jogo desta noite é histórico para o Cianorte. Pela primeira vez, o time do Noroeste do Estado, fundado há dois anos e dirigido por Caio Júnior, vai atuar em Curitiba. O adversário é o Atlético Paranaense, às 20h30, na Arena da Baixada, pela primeira rodada da segunda fase do campeonato paranaense.

A noite também pode ser histórica para uma das revelações do interior na fase anterior do estadual: Barbieri. O meia de 24 anos conquistou Cianorte no ano passado ao marcar o gol que pôs a cidade na primeira divisão, cobrando uma falta, aos 48 minutos do segundo tempo, contra o Dois Vizinhos. Em 2004, fez três gols, sendo dois de falta.

Para o narrador Toni Silva, da Rádio Porta-Voz de Cianorte, Barbieri não fica muito tempo na cidade. “É um jogador clássico, de refinado toque de bola, que pode atuar em qualquer grande time”, opina. No estadual deste ano, elogios ao jogador saíram de Cianorte, “O Barbieri alia técnica e velocidade e é o maestro do time”, avalia o repórter Lúcio Flávio Moura, da Folha de Londrina.

Catarinense de Blumenau e revelado no Figueira, o ídolo do Cianorte jogou ainda por Vitória, São Paulo, Marília e Etti-Jundiaí, pelo qual foi campeão brasileiro da Série C, em 2001. Quanto ao jogo desta quinta, Barbieri evita puxar as luzes para si. “O importante é que o Cianorte consiga um bom resultado”, afirma.

Na capital

No Cianorte, há seis ex-juniores de times da capital: o goleiro Kiko, os volantes Cuca e Robson Nese, o meia João Henrique (Coritiba), o zagueiro Édson Santos e o atacante Edivaldo (Paraná). O zagueiro João Renato, por sua vez, conhece bem o gramado aonde vai pisar, pois já atuou no Atlético.

O treinador Caio Júnior, ex-Paraná, não informa os titulares antes da hora. Seus mistérios estão no ataque, onde Fernandinho, Samuel, Reginaldo e Márcio Machado brigam por duas posições.

A última vez em que uma equipe de Cianorte precisou passar por Curitiba, não houve jogo. Já rebaixado, o extinto Café não apareceu para enfrentar o Pinheiros pelo Campeonato Paranaense de 1972. Deu WO.

CAMPEONATO PARANAENSE
Súmula
Local: Arena da Baixada
Horário: 20h30
Arbitragem: Nilo Neves de Souza Jr., auxiliado por Altemar Roberto Domingues e por Pedro Schneider Jr.

ATLÉTICO
X
CIANORTE

ATLÉTICO
Diego; Alessandro Lopes, Rogério Correia e Ramalho; William, Alan Bahia, Jádson, Fernandinho e Marcão; Ilan e Washington. Técnico: Mário Sérgio

CIANORTE
Adir; João Renato, Édson Santos, Édson Baiano e Souza; Leandro, Cuca, Rogério e João Henrique; Fernandinho e Edivaldo. Técnico: Caio Jr.

Voltar ao topo