Tenista revelação nacional está entre os livros e a raquete

No ano seguinte à aposentadoria de Gustavo Kuerten, o tênis brasileiro segue carente de ídolos. A maior delas talvez seja Henrique Cunha, que mostrou potencial como juvenil e agora trilha caminho dividindo o tempo entre estudos e o tênis.

Henrique é canhoto como o número 1 Rafael Nadal, mas sabe que ainda está longe de figurar entre os melhores. O paulista chegou ao sexto lugar no ranking juvenil em 2008 e, perto de completar 19 anos, recebeu bolsa para cursar Administração na Universidade de Duke, na Carolina do Norte (EUA), para onde vai embarcar em agosto deste ano.

A decisão tomada pelo tenista contrariou gente como o capitão brasileiro na Copa Davis, Francisco Costa – que também é técnico do Instituto Tênis, em Santa Catarina, local em que Henrique treinava antes de se transferir para o Clube Pinheiros, em São Paulo.

“Não vou apenas para estudar, mas para jogar”, afirma Henrique. A inspiração de Cunha é James Blake (13.º do mundo), que brilhou no circuito universitário americano antes de se profissionalizar. Se vingar entre os acadêmicos, Henrique pode trancar o curso e pensar grande. Para, quem sabe, dar um alento ao tênis brasileiro.