Tem Atletiba também no Clube dos 13

Atenta a possibilidade de ascensão política nos bastidores, a dupla Atletiba escolheu caminhos diferentes nas eleições para a presidência do Clube dos 13. Durante a manhã de hoje, no escritório da Pedroso Alvarenga, em São Paulo, representantes de Atlético e Coritiba também figuram em postos de vice-presidência e pela primeira vez surgem como protagonistas do duelo.

A chapa de situação é liderada pelo atual presidente, o gremista Fábio Koff, há 14 anos no poder do Clube dos 13 e previamente apoiado pela diretoria do Furacão. Dias depois o presidente do Atlético, Marcos Malucelli, foi anunciado discretamente como vice e pouco falou sobre o assunto.

Com uma divulgação comedida, o Furacão limitou-se a publicar uma nota oficial em seu site. Ao falar da gestão Koff, o texto apresentou classificações como “bela”, “Histórica” e “realizadora”.

Do outro lado está o flamenguista Kleber Leite, candidato escolhido a dedo pela cúpula da CBF e também apoiado pelos cartolas do Coxa. O vice do Coritiba, Vilson Riberiro de Andrade, figura entre os vice-presidentes da oposição no Clube dos 13.

Quando anunciado como integrante de uma das vice-presidências do Clube dos 13, o também vice do Coxa, Vilson Andrade, fez questão de expor dois fatores que o levaram a ser opositor: falta de apoio da entidade após o incidente de invasão no Couto Pereira e a necessidade de melhor distribuição de verbas entre os times.

Ao falar como escolheu seu lado na campanha, Vilson Ribeiro recordou de um almoço entre ele e Kleber Leite. “Manifestei a minha insatisfação com a situação do Clubes dos 13, ele me consultou se aceitaria participar da chapa e eu aceitei”, disse o coxa, sem falar sobre um suposto apoio da CBF em relação a uma revisão da perda de mando de 10 jogos na 2.ª Divisão do Brasileiro.

Historicamente, o Clube dos 13 é visto como uma ameaça contra a soberania da CBF no futebol nacional. Neste ano o principal discurso da chapa de Koff é buscar maior ou total participação dos clube junto à CBF na organização do Campeonato Brasileiro e um novo lobby pela criação dos campeonatos regionais como a Copa Sul-Minas.

O Clube dos 13 já foi responsável pela realização de campeonatos nacionais duas vezes, ambas de forma polêmica: A Copa União de 1987 e a Copa João Havelange de 2000.