Técnico paranista viu mau momento e pediu pra sair

A apresentação lamentável do Paraná Clube em Rolândia não poderia resultar em outra medida que não a troca da comissão técnica.

O próprio Paulo Comelli tomou a frente da situação e deixou o cargo à disposição logo após a partida. “Futebol é resultado, e a campanha do Paraná é péssima. A diretoria vai até um ponto, segura, mas chega uma hora que não dá mais, tem que se tomar uma atitude. Não cabe mais eu ficar. Quem sabe venha outro técnico e o jogador que não vinha rendendo comece a render’, falou.

O pedido de demissão foi aceito pela diretoria tricolor. E dois nomes já são cotados para substituir o treinador: Zetti, que dirigiu o Paraná em 2007 e hoje é comentarista de TV, e Marcelo Veiga, do Bragantino. A direção corre para definir o novo comandante antes do clássico com o Coritiba, quarta-feira, na Vila Capanema. Mas o mais provável é que o auxiliar e ex-zagueiro Ageu dirija o Tricolor.

Sobre a partida, Comelli disse ter ficado “envergonhado” com o rendimento do time. “O primeiro tempo até não foi ruim, mas no segundo o time sentiu muito o golpe do gol. A parte física também não ajudou, a equipe desgastou-se muito.” Comelli deixa como “legado” mais de uma dezena de jogadores que vieram à Vila por indicação dele – a maioria não vingou na Vila. O treinador não repetiu o desempenho do ano passado, quando conseguiu livrar o Tricolor do rebaixamento à Série C. Em 2009, somou quatro vitórias, dois empates e seis derrotas em 12 jogos.

O técnico ainda deixou um alerta: com esse elenco, o Paraná novamente deve ter dificuldades na Série B. “Tem que qualificar. Não é fácil montar um time bom e barato, com jogadores de R$ 3 mil, R$ 4 mil, R$ 8 mil. Há times gastando bem mais, como Bahia e Ponte Preta. E ainda quando o time investiu, alguns não corresponderam”, argumentou.

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