Técnico Geninho larga estilo “paz e amor”

O técnico Geninho está em sua terceira passagem pelo Atlético e chegou ao clube desta vez com uma postura um pouco diferente das duas outras vezes em que dirigiu o time – 2001 e depois entre 2008 e 2009. O pacato treinador deu lugar a um comandante mais enérgico e, em algumas vezes, exalando tensão.

Sempre cordial, seja nas entrevistas ou nas conversas no CT do Caju, Geninho agora mostra uma personalidade mais forte à beira do gramado. Aquele paciência costumeira tem ficado para trás.

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Como ele mesmo diz, às vezes é como se fosse um “lobisomem”, se transformando na hora da partida. O torcedor que acompanha os jogos das arquibancadas da Arena da Baixada sente a diferença de comportamento. Geninho esbraveja, xinga e bota o time em ordem na base do grito.

No jogo contra o Arapongas, na abertura do returno, a mudança de postura de Geninho foi ainda mais acentuada. O treinador reconheceu que foi ao extremo. “Estava proibido para menores de 18 anos”, brincou o comandante. Héverton foi um dos que mais ouviu. “Veio aqui para quê?”, esbravejava Geninho, por não ver o rendimento esperado do meio-campista.

A pegada mais forte à beira do gramado tem trazido resultados. Em quatro jogos, são três vitórias e um empate.

No empate contra o Corinthians-PR, as broncas no time não foram tão fortes durante a partida. Mas no intervalo, Geninho não poupou os jogadores. Não faltaram gritos e um discurso pesado. A cobrança trouxe surtiu um efeito parcial, levando o time a sair do placar adverso para buscar o empate.

Passado o jogo, Geninho volta ao estilo “paz e amor”. Isso, até começar o jogo de hoje, contra o Iraty. Daí, a cordialidade volta a ceder lugar. Principalmente, por que a má fase do Atlético só tem feito o time conseguir jogar na base do grito.