TCU mostra preocupação com grana para Arena

Ficou para hoje a divulgação do parecer da Price Waterhouse sobre a validação do orçamento final de R$ 330 milhões das obras de remodelação e ampliação da Arena da Baixada, que vai receber quatro jogos da Copa do Mundo deste ano. A reunião semanal de acompanhamento do cronograma físico e financeiro da obra aconteceu ontem, na sede da Fomento Paraná, mas somente hoje o custo final da obra será crivado pela empresa de auditoria e pelo banco estadual, que deverá receber do Atlético o novo pedido de financiamento no valor de R$ 65 milhões, já com as garantias que o clube dará para obter os recursos que servirão para concluir o Joaquim Américo a tempo do Mundial.

Depois de o Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) recomendar, na semana passada, a suspensão de novos repasses para as obras do estádio atleticano, ontem foi a vez do Tribunal de Contas da União (TCU) se manifestar sobre o assunto. O organismo de controle federal manifestou preocupação com o novo financiamento oriundo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que ainda está em análise e deu o prazo para a instituição financeira de 15 dias para apresentar informações detalhadas a respeito desta nova operação de crédito.

Entretanto, o pedido da nova linha de crédito solicitada pela Fomento Paraná junto ao BNDES no valor de R$ 250 milhões, não servirá apenas para garantir um novo contrato de empréstimo para o Atlético concluir estádio, mas também para capitalizar o Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), que é administrado pelo banco estadual, e para outros projetos do Governo do Estado.

Por isso, a assessoria de imprensa do BNDES afirmou que a instituição financeira não vai se pronunciar sobre o assunto, uma vez que o pedido da nova linha de crédito ainda está sendo analisado e ainda não há um prazo para que os recursos, caso o financiamento seja aprovado, chegue até os cofres da Fomento Paraná.

Além de pedir explicação sobre este financiamento, o TCU apontou falhas na execução do cronograma físico financeiro das obras da Arena da Baixada. Entre elas estão o atraso no fornecimento de material de construção, escassez de mão-de-obra e, principalmente, a falta de informações e detalhes dos projetos de reforma e ampliação do estádio atleticano.

O órgão fiscalizador federal frisou ainda o descontentamento com a incerteza do valor final das obras do estádio, o que, segundo o TCU, coloca em risco o financiamento para a conclusão da Arena. Este alerta foi dado em julho do ano passado, quando o TCE-PR, por determinação do TCU, assumiu a fiscalização das obras do Joaquim Américo. Isso aconteceu quando o clube recebeu R$ 85,2 milhões do primeiro financiamento feito junto ao BNDES e atingiu 65% dos repasses. A emissão de um novo relatório sobre as obras do estádio deverá acontecer nas próximas semanas e, ainda não foi divulgado pela demora na confirmação do orçamento final da reforma da Arena.