O meia Tcheco fez ontem sua última partida neste brasileiro com a camisa do Coritiba. Pelo menos foi o que garantiu o procurador do atleta, Ruy Gel. “É pouco provável que ele se reapresente na terça-feira”, disse. O jogador está com um pé no futebol árabe, onde defenderá o Al-Ittahad, de Jedah.
Após a partida, o jogador estava visivelmente abalado, mas preferiu não dar o adeus definitivo, talvez por ainda manter um fio de esperança na diretoria alviverde. “Minha vontade é ficar. Mas essa proposta é a terceira que recebo e desta vez é irrecusável. Tenho que pensar no futuro da minha família”, disse. E bota irrecusável nisso. O jogador, que já está com 27 anos, vai receber 500 mil dólares com a transferência – o Malutrom, que detém os outros 50% do passe do atleta, fica com outros US$ 500 mil. Fora isso, US$ 300 mil de salários por ano. “Com a idade que ele está, essa pode ser a última oportunidade de garantir a independência financeira”, disse Gel. Nem mesmo a iminente chance de convocação para a seleção brasileira está travando o negócio. “Ele certamente está sentindo mais ficar de fora de um possível título brasileiro do Coritiba”, diz Gel, reiterando que o jogador sempre fez questão de afirmar sua gratidão e amor ao Coritiba.
Apesar dos altos dígitos da proposta, o secretário do conselho administrativo do clube, Domingos Moro, fez um apelo sentimental para a permanência do jogador. “Não apelo mais para ele e para o seu procurador. Apelo para todos os coxas-branca para que se mobilizem para a permanência do Tcheco. Ele é fundamental para continuarmos buscando o título brasileiro.” Bastante emocionado, o dirigente prometeu que enquanto houver esperança de mantê-lo, não vai desistir. “Sei que nem tudo o que queremos conseguimos. Mas acredito que temos força para impedir que ele se vá. Não vou poupar esforços.”
Talvez agora seja tarde demais.