Taça da Copa do Mundo ficará exposta no Rio e São Paulo

Rio – A taça da Copa do Mundo Fifa desembarcou ontem no Brasil, envolvida numa polêmica: é a primeira vez que ela está no País? A Coca-Cola, responsável pela turnê mundial, que percorrerá 28 países, diz que sim. Mas a CBF afirma que não. No Rio, o troféu será exibido ao público amanhã e chega a São Paulo no domingo.

De acordo com a CBF, depois da conquista da Copa do Mundo de 2002, a taça original, de 36 cm de altura e 4,970 quilos de ouro maciço 18 quilates, permaneceu no Brasil, protegida em um cofre de uma empresa de segurança até o último trimestre de 2005. Na ocasião, um representante da Fifa veio ao Rio buscá-la e a levou para restauração.

Posteriormente, ela foi entregue simbolicamente pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, ao presidente da Fifa, Joseph Blatter, durante a cerimônia de sorteio dos grupos da Copa do Mundo, no último dia 9 de dezembro. Inclusive, o Brasil ainda aguarda o recebimento da réplica a que tem direito pela conquista do título na Coréia e Japão.

Durante sua estada no Brasil até o final de 2005, além da proteção de uma empresa de segurança, a taça ficou resguardada por um seguro de US$ 23 milhões feito pela Fifa.

Além da CBF, o site oficial da Fifa informa que a taça da Copa passou a permanecer sob os domínios do vencedor do Mundial até a próxima edição da competição.

Antes, saía do país-sede da Copa direto para a sede da Fifa na Suíça e o vencedor levava para casa uma réplica.

Nesta turnê que irá passar por 33 cidades, a taça da Copa permanecerá em cada um dos 28 países por, no máximo, quatro dias. Hoje, no Rio, dentro do Forte de Copacabana, o troféu estará exposto em cerimônia restrita a convidados. E, amanhã, 10 mil pessoas poderão conhecê-la.

Segurança

Um forte esquema de segurança foi armado, com a utilização de helicópteros, policiais, além de um aparato tecnológico moderno, para evitar o roubo da taça da Copa. Em 1983, o Brasil viveu a traumática experiência de ter a Taça Jules Rimet roubada da antiga sede da CBF, no centro do Rio.

Fifa minimiza falhas em estádios da Copa

Cairo – O presidente da Fifa, Joseph Blatter, qualificou de ?pouco importantes? os problemas detectados em alguns estádios de futebol para a Copa do Mundo da Alemanha 2006, e criticou a organização de consumidores que questionou a segurança deles.

?Não é aceitável. No final do ano passado recebemos relatórios de nosso próprio grupo de inspeção, assinalando problemas de pouca importância em quatro estádios?, afirmou Blatter ontem, durante entrevista à imprensa no Cairo, antes da abertura da Copa da África de Nações, marcada para amanhã.

Blatter citou entre esses ?o teto do estádio Francfurt?, ?problemas de movimento na tribuna principal do Kaiserslautern? e ?problemas menores em Nuremberg e em outro estádio?.

Já a organização de defesa dos consumidores Stiftung Warentest atiçou o fogo assinalando deficiências nos estádios de Kaiserslautern, Gelsenkirchen, Berlim e Leipzig.

Segundo Blatter, ?inesperadamente, uma organização especializada no controle de preços aos consumidores pensou que teria competência, também, para ver se os estádios? estavam em conformidade com as regras de segurança?.

De qualquer maneira, a Fifa e o Comitê organizador realizarão uma nova inspeção em fevereiro ou março e, sem nenhuma dúvida, os 12 estádios do Mundial estarão perfeitamente equipados e seguros.

?Não haverá problemas de segurança nos estádios, para as pessoas, quer sejam espectadores, jogadores, árbitros ou jornalistas. Tudo caminhará bem. Não esqueçam que trabalhamos num país onde se destaca a ?Grunlichkeit? (eficácia alemã)?, concluiu.

Voltar ao topo