O Paraná Clube quer “dar um bico na crise” e se concentrar apenas na estréia da equipe no Brasileirão-2002, amanhã, às 16 horas, no Couto Pereira. O desafio será superar, logo de cara, o atual vice-campeão da Copa Libertadores. Os jogadores pedem apoio da torcida para enfrentar o São Caetano e começar com o pé-direito a sua caminhada na competição. Inferiorizado pela massacrante diferença nas cotas de televisão, o Tricolor vai jogar com a união do grupo para superar as dificuldades e chegar ao objetivo comum: uma vaga entre os oito finalistas.
O técnico Otacílio Gonçalves completou um mês à frente do time, mas já garante ter um bom conhecimento do grupo – bem assessorado pelos auxiliares técnicos Caio Júnior e Omar Feitosa – e até aboliu as concentrações. Ao seu estilo “apaziguador”, tratou de definir uma base e mantém esta equipe em busca do conjunto, que ainda não é o ideal. Ao longo da última semana de preparação, optou por treinos específicos de finalizações jogadas ensaiadas, no processo de “lapidação” do time. O esquema será o tradicional 4-4-2, com o eventual recuo de um dos volantes, dependendo do posicionamento do adversário.
Mesmo com as mudanças efetuadas, a estrutura foi pouco alterada e as novidades ficam por conta da dupla de zaga e pela formação do meio-de-campo. Cristiano Ávalos e Fábio Luís formam a nova defesa, que será “protegida” pelos meias Leandro, Sidnei e Ronaldo. O restante do time é o mesmo que teve um bom desempenho na Copa do Brasil e que chegou à decisão do superparanaense. Terá ainda o “reforço” de Márcio, que no início da temporada conviveu com uma pubalgia, mas, recuperado, é o referencial desta equipe. Até pelos sucessivos boatos sobre interesse de outros clube, que não se traduziram em negociação.
“Estou concentrado no Paraná e confiante. Sempre entramos desacreditados nas competições e damos a volta por cima”, destacou Márcio. O atacante lembra que no ano passado o time ficou na “zona de classificação” durante boa parte do torneio e só no final deixou escapar a chance de disputar as finais. “Tenho um bom entrosamento com o Maurílio e com o Alexandre. Isso pode fazer a diferença, pois os jogos serão muito equilibrados”, disse. “É preciso também que o nosso torcedor nos dê um voto de confiança, pois este apoio será decisivo”, finalizou.