‘Subutilizado’, Milton Cruz é demitido do São Paulo após 22 anos

Milton Cruz não é mais funcionário do São Paulo. Membro da comissão técnica do clube do Morumbi desde 1994 e treinador interino por diversas vezes nesse período, ele foi comunicado da demissão nesta quinta-feira pelo novo diretor de futebol, Luiz Cunha.

“Infelizmente, algumas vezes a gente tem de cortar na própria carne. Pelas circunstâncias e pelo momento, fomos obrigado a fazer. Conversamos com o Milton hoje (quinta), falamos que ele é um profissional extremamente bem sucedido no São Paulo, mas estava subutilizado e achamos mais justo e honesto conversarmos francamente. Também atendemos ao momento de restrição econômica e financeira de todo o Brasil e por isso, fizemos o desligamento dele”, disse Cunha no CT da Barra Funda.

Depois de fazer parte da comissão fixa do São Paulo, Milton Cruz perdeu espaço com a chegada de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, à presidência do clube. Sempre lembrado para assumir o comando do clube em momentos de mudanças de treinadores, e responsável pela indicação na contratação de jogadores, o profissional tinha sido rebaixado de cargo e colocado no departamento de análise de desempenho tricolor.

“Com profissionalismo. Todos nós somos desligados de uma empresa em um momento e ela continua. Os jogadores vão sair um dia, eu vou sair. Tem o lado profissional. O outro lado é o humano. Vamos sentir falta da pessoa”, completou o dirigente, que assumiu o cargo de Ataíde Gil Guerreiro há menos de uma semana.

Em 2015, Milton Cruz assumiu o clube em duas oportunidades, quando substituiu Juan Carlos Osorio e depois Doriva, e ajudou o clube do Morumbi a garantir a classificação para a Copa Libertadores de 2016 mesmo vivendo uma das maiores crises políticas de sua história. Ao todo, foram 42 jogos à frente do São Paulo, sendo 22 vitórias, oito empates e 12 derrotas.

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