Há meses a bola já deixou de rolar pelo Estadual 2011, mas Paraná Clube e Rio Branco de Paranaguá disputam na tarde de hoje o que pode ser considerada a última partida do campeonato.
Em julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro, o Tricolor da Vila Capanema tentará evitar seu rebaixamento para a Divisão de Acesso em 2012.
O objetivo é convencer os auditores a cancelarem a decisão na esfera local, onde o Leão da Estradinha acabou absolvido pela escalação irregular do atacante Adriano de Oliveira Santos e se livrou de perder até 22 pontos na tabela -e da queda no lugar dos paranistas.
Diante das argumentações apresentadas no processo, o caso pode tomar desdobramentos completamente distintos. Um deles seria colocar ponto final na história, absolvendo ou culpando o Rio Branco ainda hoje, selando o rebaixamento de um dos clubes envolvidos.
O outro é a realização de novo julgamento no Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR), por não ter aceitado anteriormente o Tricolor da Vila Capanema como terceiro interessado na discussão dos méritos no processo.
Nas palavras do advogado do Tricolor, Itamar Cortes, pedir uma nova avaliação do caso em esfera local foi o que restou ao seu clube. “Como o Paraná não pôde se manifestar (no TJD-PR), ele foi excluído do processo. Por isso, nosso recurso foi para anular o julgamento”, explicou.
Para tentar conquistar seu objetivo, Itamar, que viaja na manhã de hoje ao Rio de Janeiro, afirma que já conta com o apoio não somente da procuradoria do TJD-PR. “A procuradoria geral (do STJD) também tem esse entendimento”, disse, sem descartar a possibilidade de o Paraná Clube ser acrescentado como terceiro interessado apenas neste julgamento, havendo uma definição final sobre o caso. “Se precisar, estamos preparados. Estou inclusive revisando alguns tópicos”, completou.
Na posição do advogado do Leão da Estradinha, Domingos Moro, o Paraná está no seu direito em reivindicar novo julgamento em território estadual. “Contra isso, o Rio Branco não vai se obstaculizar”, disse, ressaltando que a possibilidade de o Tricolor ter seu objetivo atendido no STJD pode ocorrer “pra dar uma lição (no TJD-PR) ou corrigir o processo”.
Moro, no entanto, diz que também tem suas cartas na manga. Uma delas será desqualificar o recurso da procuradoria do TJD-PR sobre a decisão ao qual o Leão da Estradinha foi absolvido no tribunal paranaense. “Pra mim, foi feito fora de prazo”, alfinetou. “Se fez uma manobra pra dar licitude nesse prazo”.