Sob o olhar de Felipão, Palmeiras derrota o Santos

Felipão não gritou, não esperneou, não comandou, mas o seu Palmeiras, com o auxiliar Murtosa no banco, venceu o Santos por 2 a 1 na noite desta quinta-feira, no Pacaembu, em partida válida pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro.

Com a vitória, o Palmeiras chegou à sétima posição da tabela, com 12 pontos, seis a menos que o líder Corinthians. O Santos, que também soma 12, se mantém na quarta colocação, dentro do G-4, em razão do maior saldo de gols.

A vitória desta quinta coroou um dia de boas notícias para o Palmeiras. Pela manhã, o técnico Luiz Felipe Scolari foi apresentado, com juras de amor ao Palmeiras. Ele recusou a seleção brasileira e ainda traçou metas para a equipe alviverde, tendo como primeiro objetivo a disputa da Copa Libertadores de 2011.

O bom dia alviverde continuou à tarde, quando a diretoria e a construtora WTorre assinaram a escritura de superfície para a construção da Arena Palestra. Mais tarde, os jogadores fizeram sua parte e venceram o clássico no Pacaembu.

A conquista dos três pontos começou aos 12 minutos do primeiro tempo. Ewerthon, aparentemente em melhor forma, arriscou um chute de fora da área e mandou a bola no ângulo esquerdo do goleiro santista, marcando um golaço. Rafael ainda tentou defender, mas não conseguiu alcançar a bola.

Com o gol, a vida palmeirense ficou bem mais fácil. O Santos, que não contou com Robinho – fora de forma -, era lento e previsível. O meia Madson ainda tentou dar movimentação ao ataque, mas não conseguiu criar jogadas que levassem perigo ao gol defendido por Deola (Marcos se recupera de uma cirurgia no joelho).

Curiosamente, o técnico Dorival Júnior tratou de sacar Madson para a entrada de Ganso no segundo tempo. O meia ainda se recupera de uma artroscopia no joelho. Apesar da vontade de jogar, o jovem jogador mostrou que está fora de ritmo, ainda mais por fazer o seu retorno num gramado escorregadio, por causa da chuva.

Do outro lado, o Palmeiras contou com dois estreantes, que desequilibraram o jogo. Kléber, em seu retorno oficial, jogou bem, deu bons passes e levou perigo constante ao gol de Rafael.

O volante Tinga chamou ainda mais a atenção. Ele entrou no lugar de Lincoln e, após levar cartão amarelo em sua primeira jogada, marcou o segundo gol palmeirense, aos 21 minutos. Ele fez cruzamento rasteiro da direita, mas a bola foi desviada por Edu Dracena e enganou o goleiro santista, que não conseguiu fazer a defesa.

Mas a vitória, aparentemente tranquila, quase se transformou em pesadelo para o Palmeiras nos instantes finais. O Santos mostrou um pouco do brilho do primeiro semestre e descontou aos 37, com Marcel, que entrara no lugar de Neymar, apagado em campo. Marcel dominou de primeira a bola na entrada da área e acertou um forte chute nas redes de Deola.

Na última jogada da partida, nos acréscimos, o Santos quase chegou ao empate, por conta de um erro da defesa palmeirense. Após levantamento na área, o lateral Vítor pegou mal na bola e mandou contra o próprio gol. A bola acertou o travessão antes de ir para fora.

Agora o Palmeiras vai se preparar para o próximo jogo, no domingo, quando contará com Felipão no banco. O time paulista vai enfrentar o Avaí, na Ressacada, em Florianópolis. O Santos vai duelar com o Fluminense, no mesmo dia, na Vila Belmiro.

Ficha Técnica:

Palmeiras 2 x 1 Santos

Palmeiras – Deola; Vítor, Léo, Danilo e Gabriel Silva; Edinho, Márcio Araújo, Marcos Assunção e Lincoln (Tinga); Ewerthon e Kléber (Tadeu). Técnico: Murtosa (interino).

Santos – Rafael; Maranhão, Edu Dracena, Durval e Pará; Arouca, Wesley, Madson (Paulo Henrique Ganso) e Alan Patrick (Zé Eduardo); Neymar (Marcel) e André. Técnico: Dorival Júnior.

Gols – Ewerthon, aos 13 minutos do primeiro tempo; Tinga, aos 21, e Marcel, aos 38 minutos do segundo tempo.

Cartões amarelos – Gabriel Silva, Tinga, Edinho e Marcos Assunção (Palmeiras); Neymar, Pará e Paulo Henrique Ganso (Santos).

Árbitro – Cléber Wellington Abade (SP).

Renda – R$ 356.886,00.

Público – 9.400 pagantes.

Local – Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP).

Voltar ao topo