Situação encaminha eleição de Aidar no São Paulo

Carlos Miguel Aidar está muito próximo de se tornar o novo presidente do São Paulo. Na primeira etapa da disputa com Kalil Rocha Abdalla, a chapa da situação encabeçada por ele conseguiu cerca de 61% dos votos no Conselho Deliberativo, o que assegura 49 das 80 vagas que ajudarão a escolher quem ocupará o posto de Juvenal Juvêncio a partir do dia 16 de abril. A oposição amealhou 31 cadeiras.

Os 80 escolhidos na eleição deste sábado agora se juntarão aos 155 conselheiros vitalícios do clube para votar no sucessor do atual presidente, no pleito marcado para 16 de abril, quando acaba o mandato de Juvenal Juvêncio, que ficou oito anos no cargo.

Como entre os vitalícios a disputa está muito acirrada – a oposição afirma ter 76 conselheiros ao seu lado -, a eleição deste sábado tinha caráter de final de campeonato justamente por poder fazer a balança pesar decisivamente para um dos lados da disputa. Mas a forte campanha capitaneada por Juvenal Juvêncio, que pela primeira vez em seus oito anos de governo se viu confrontado, acabou prevalecendo.

Como conseguiu uma vantagem muito grande sobre o rival, Aidar praticamente selou seu retorno ao poder, depois de ter ocupado o posto entre 1984 e 1988. O próprio candidato deixou a cerimônia de lado e falou como presidente eleito. “Só tenho a agradecer e agora é começar a pensar na gestão, mas claro que esperando o resultado do dia 16. Acreditamos que alguns conselheiros (vitalícios) agora pulem para o nosso lado”, projetou o ainda candidato, que foi muito festejado pelos correligionários, entre gritos e menções a Juvenal Juvêncio.

A oposição aceitou a derrota no pleito, mas se diz satisfeita com o que foi conquistado durante a disputa. Para Marco Aurélio Cunha, que está ao lado de Kalil Rocha Abdalla, a chapa que enfrentou Aidar e Juvenal Juvêncio traz um novo ar para o clube. “Devolvemos a democracia ao São Paulo, algo que não era visto há muito tempo. Foi um trabalho bonito e estou orgulhoso. Hoje temos uma oposição”, disse ele, sem esconder o abatimento pela derrota deste sábado.

Carlos Miguel Aidar foi escolhido pessoalmente por Juvenal Juvêncio para ser o seu sucessor. Advogado, ele comanda um escritório com mais de 150 funcionários e atualmente deixou sua empresa em segundo plano para concorrer à presidência do São Paulo. Foi dele a emenda no estatuto que mudou de dois para três anos o prazo de mandato de presidente e abriu a brecha para que Juvenal Juvêncio pudesse disputar o terceiro mandato no passado.

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