Sem Suárez, Uruguai ainda crê que pode reverter punição

O atacante Luis Suárez já deixou o Brasil, mas os dirigentes da seleção uruguaia ainda têm esperança de que a punição imposta pela Fifa nesta quinta-feira ao jogador, de nove partidas e quatro meses longe dos gramados, possa ser revertida. A afirmação é do advogado Ernesto Dehl, presidente do clube uruguaio Cerro Largo e integrante da delegação que está no Brasil.

“No mundo do direito sempre há esperança”, disse Dehl, na noite desta quinta-feira, logo após a seleção chegar ao hotel no Rio onde ficará concentrada até o jogo de sábado, contra a Colômbia, pelas oitavas de final da Copa do Mundo.

Dehl garantiu que a Associação Uruguai de Futebol (AUF) seguirá tentando reverter a sanção imposta pela Fifa. “Lamentavelmente saiu essa punição, que não era esperada e, acreditamos, é totalmente desmedida”, disse. “Vamos conversar com o presidente (da AUF, Wilmar Valdez), com (Alejandro) Balbi e o (Jorge) Barrera (ambos advogados)”, completou.

Sobre Suárez, que teve sua credencial para a Copa do Mundo cassada pela Fifa, Dehl afirmou que o atacante está muito triste. “Ele não poderá trabalhar por quatro meses”, lembrou. “Saiu com lágrimas nos olhos.”

A delegação uruguaia chegou ao hotel às 20h25 desta quinta-feira. Os jogadores entraram rapidamente, enquanto do lado de fora pelo menos 20 torcedores faziam festa para a seleção e gritavam palavras de apoio a Suárez. Uma faixa com os dizeres “Luisito: Uruguai te apoia” foi estendida entre duas árvores no canteiro que separa a avenida à frente do hotel.