Seleção de judô obteve saldo positivo na Europa

O Brasil encerrou sua participação nas etapas das Copas do Mundo com um saldo positivo.

Foram 15 medalhas ao longo de um mês de competição, com a participação de 27 atletas em quatro etapas: as Supercopas do Mundo de Paris e Hamburgo, e as Copas do Mundo de Budapeste, Varsóvia, Viena e Praga. Neste final de semana, a seleção conquistou quatro medalhas, com João Derly (ouro) e Leandro Guilheiro (prata) no sábado na Polônia; Priscila Marques (prata) e Edinanci Silva (bronze) na República Tcheca.

?Eu já esperava um resultado tão bom ou até melhor do que este. Pecamos em alguns detalhes. Mas esses treinos e competições foram fundamentais na nossa preparação?, avalia o técnico do time masculino, Luiz Shinohara.

No feminino, a treinadora Rosicléia Campos também está satisfeita. Suas comandadas chegaram ao inédito primeiro lugar geral na Supercopas do Mundo de Hamburgo, à frente de potências como Japão e França.

?Alcançamos um resultado histórico para o judô feminino?, resume a técnica. ?Temos uma longa trajetória, mas essas medalhas nos deram um novo fôlego para alcançar o objetivo final: a primeira medalha olímpica do judô feminino do Brasil?, continua ela.

Mais do que mostrar que o Brasil é uma das principais forças do judô mundial, os resultados na Europa servirão como parte do processo de avaliação dos atletas visando à formação da seleção titular nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em julho. Com categorias equilibradas, em que os judocas tiveram resultados semelhantes, o trabalho promete ser árduo até maio, quando sai a lista definitiva.

?Quanto mais parelho melhor para nós, é a prova da evolução do judô brasileiro. Teremos muito trabalho ainda?, diz Shinohara.

?Até o fim, tudo está sendo observado. Desde o desempenho em competições até em treinos. Só vamos decidir o titular em maio, após a Copa do Mundo do Brasil?, comenta Ney Wilson.

Em Varsóvia, no último final de semana, todos os sete atletas da seleção masculina terminaram entre os sete primeiros de suas categorias. Destaque para os finalistas João Derly e Leandro Guilheiro. Daniel Hernandes e Luciano Correa terminaram em quinto lugar, com Alexandre Lee, Flávio Canto e Carlos Honorato em sétimo.

?Foi bom sentir um pouco a pressão para não se acomodar. Isso mostra que a categoria meio-leve está crescendo cada vez mais no Brasil?, afirma Derly, que chegou à Europa com a obrigação de subir ao pódio, já que seu concorrente direto à vaga na seleção, Leandro Cunha, havia ficado com a prata em Paris e o ouro em Budapeste. ?O fato de eu ter conquistado medalhas nas etapas européias do ano passado e deste ano é importante para quem pensa em vôos mais altos, como eu. Mostra que estou entre os principais da minha categoria e posso pensar em bons resultados em mundiais e olimpíadas. Mas primeiro quero garantir minha vaga no Pan do Rio de Janeiro. Tem muita coisa até lá?, resume o campeão mundial dos meio-leves.

Priscila Marques, que fez duas finais no peso-pesado, também comenta seu desempenho. ?Atingi o meu objtivo que era fazer o maior número de lutas possível. Foram nove combates, sete vitórias e duas derrotas.

Com duas medalhas de prata?, afirma Priscila, bronze nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg 99.

O próximo compromisso da seleção brasileira será no dia 25 de março, em Vitória/ES, para o II Desafio Internacional. No dia 24 de março, no mesmo local, atletas com menos de 23 anos disputam a Seletiva-Sub23, já como parte do processo de avaliação e formação de novos valores para as Olimpíadas de Londres 2012.

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