Mais do que buscar reforços, o São Paulo sabe que precisará se esforçar para tentar manter o elenco que acaba de ser campeão brasileiro. O assédio sobre os jogadores do time deve crescer com a recente conquista. Alguns deles, inclusive, já falam em tom de despedida.
“Eu nunca escondi de ninguém a minha vontade de jogar na Europa. Agora, não é muito fácil falar em sair, mas muita coisa vai acontecer e temos de ver isso com a diretoria”, afirmou o atacante Borges, artilheiro do São Paulo no Brasileirão, com 16 gols. “Catar, Arábia Saudita, pode ser o dinheiro que for, para esses lugares eu não vou. Agora, se for para jogar num grande centro, a situação muda.”
O zagueiro Miranda, que teve uma passagem discreta pelo Sochaux, da França, também admitiu que a vitória sobre o Goiás pode ter sido sua última partida com a camisa do São Paulo. “Eu não pude render tudo o que queria na França, porque nunca tive uma seqüência de jogos”, justificou. “Quando fui embora de lá, eu disse ao presidente do clube que ainda jogaria na seleção brasileira.”
Miranda disse ainda que tem o sonho de ser um dos melhores zagueiros do futebol europeu. “Eu tenho contrato com o São Paulo até o fim de 2011, mas se for algo bom para mim e para o clube, eu saio”, admitiu o zagueiro, revelando que sua multa rescisória é de US$ 20 milhões (R$ 49 milhões). “Jogar na Europa é melhor pela visibilidade, pela questão financeira e pela segurança que você tem lá.”
Hernanes também faz parte da lista dos jogadores que podem sair. O volante já recebeu propostas do Barcelona e do CSKA. “Eles não pagaram o que eu quero”, explicou Juvenal Juvêncio, ao contar porque o jogador ainda não foi negociado – só libera pelo valor da multa rescisória, de 25 milhões de euros (R$ 79 milhões).
Em compensação, o zagueiro Rodrigo já confirmou que fica no São Paulo até julho de 2009. A princípio, o acordo de empréstimo com o Dínamo de Kiev, da Ucrânia, iria apenas até o final do ano, mas, segundo ele, já está tudo certo para sua permanência.