São Paulo nega assédio a Cuca e a Luxemburgo

A caça do São Paulo por um técnico acabou causando uma discussão pública entre dirigentes do clube do Morumbi e os presidentes de Cruzeiro e Atlético-MG. Os mineiros acusaram o presidente Juvenal Juvêncio de ter ligado para os técnicos Cuca e Vanderlei Luxemburgo convidando-os a dirigir o time do Morumbi. O vice-presidente de Futebol do time paulista, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, negou a informação e ironizou os colegas mineiros.

“Isso é folclore, delírio e coisa de quem quer aparecer. Logo outros treinadores vão aparecer falando que nós os procuramos também”, desdenhou o cartola, visivelmente irritado com a notícia vinda de Minas. Até mesmo a possibilidade de alguém ter falado em nome do presidente foi afastada. “O São Paulo não fez assedio ao técnico do Perrella [Cuca] nem ao Luxemburgo do Atlético.”

Nos bastidores, comenta-se que Cuca é quem constantemente liga para Juvenal se oferecendo. Mas não é o que dizem os representantes das equipes mineiras. O presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella, fez duras críticas ao presidente são-paulino.

“Juvenal ligou para ele, eu acho que deveria ter ligado primeiro para a gente. O São Paulo sempre faz isso. O São Paulo se julga o Milan do Brasil. Ele pode pretender os treinadores, mas deveria ter o mínimo de ética, coisa que faltou a eles, mas é normal isso do Juvenal”, desabafou Perrella à Radio CBN.

Mas antes do jogo contra o Corinthians, na noite de quarta, o treinador negou que tenha sido procurado por algum são-paulino. “Não teve contato algum. É tudo especulação esse assunto.”

Alexandre Kalil, do Atlético-MG, garante que o presidente também assediou Luxemburgo. “Vamos mandar embora o treinador que o poderoso São Paulo quer?”, ironizou Kalil. “Que maluquice é essa? Temos de ter serenidade para que a lambança não seja feita. Uma lambança demora a ser corrigida”, disparou. A multa de Vanderlei Luxemburgo para deixar o time alvinegro é de R$ 1,8 milhão.