São Caetano pode cair para a Série C

Mauá – O São Caetano voltou aos treinos ontem, na primeira atividade após a morte do zagueiro Serginho, ocorrida na última quarta-feira durante a partida contra o São Paulo, no Morumbi. Os jogadores se apresentaram às 8h (de Brasília), ficaram reunidos por uma hora e depois seguiram para Mauá, na Grande São Paulo, onde fizeram um treinamento fechado, visando o encontro com o Tricolor paulista amanhã, quando serão disputados os 31 minutos restantes da trágica partida.

O médico do clube, Paulo Forte, falou pela primeira vez após a morte do atleta e garantiu que os exames feitos por Serginho no Instituto do Coração (Incor), em fevereiro, não foram conclusivos para o encerramento de sua carreira.

“Eu como médico ortopedista pedi uma investigação na condição dos jogadores. Fizemos uma avaliação com exames de rotina em todos os atletas. O teste ergométrico do Serginho apresentou uma arritmia leve. Achamos melhor fazer dois exames mais profundos, uma ressonância magnética e um cateterismo. O resultado não se mostrou conclusivo para ele ser obrigado a encerrar a carreira”, disse, visivelmente emocionado.

O treinador Péricles Chamusca também se expressou pela primeira vez. “Isso é uma coisa que diz respeito à parte médica. Eu só escalo os jogadores que estão a disposição”, comentou.

O atacante Euller disse que Serginho nunca demonstrou estar sentindo problema algum. “Durante a nossa convivência, o Serginho nunca comentou ou sentiu algum problema fora ou mesmo dentro de campo, inclusive em treinamentos”, falou.

A assessoria do Incor reiterou que só vai disponiblizar os exames feitos por Serginho em fevereiro, mediante autorização dos familiares, do São Caetano ou por determinação da Justiça.

Rebaixamento

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) vai decidir se o São Caetano foi negligente pela morte do zagueiro Serginho. O tribunal vai requerer a documentação apresentada pelo clube para tornar o jogador apto a disputar as competições da CBF. Entre os papéis, precisa constar uma liberação médica.

Caso o clube seja considerado culpado, poderá ser rebaixado para a Série C do Campeonato Brasileiro.

Outro

Mais um jogador de futebol morreu em campo. Desta vez, foi no campeonato amador de Brasópolis, no sul de Minas. O meio-campo Lica, 35 anos, defendia o Japão contra Esmeraldas quando sofreu um infarto fulminante aos 20 minutos do segundo tempo da partida disputada domingo. Não havia ambulância no estádio Ataliba de Morais. O corpo do atleta foi enterrado ontem na cidade.

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