Rubro-negro historicamente aposta em estrangeiros

O entra-e-sai de estrangeiros no Atlético continua. Ontem, o clube rescindiu contrato com o atacante Javier Pepe Toledo. O argentino chegou no final de janeiro deste ano para a disputa do Campeonato Paranaense, mas foi pouco aproveitado – marcou três gols em 18 jogos.

Em contrapartida, o Furacão negocia a vinda de mais dois atacantes sul-americanos: o equatoriano Joffre Guerrón (Getafe, da Espanha) e o argentino Federico Nieto, 26 anos (Colon, da Argentina).

Nesta temporada, o clube paranaense, que já contava em seu elenco com o volante Valencia, contratou os também colombianos Jorge Serna e Samuel Vanegas.

Além disso, recentemente trouxe o paraguaio Ivan Gonzalez. Desta turma, apenas o meio-campista guarani está no grupo principal, mas ainda não estreou. Valencia foi negociado com o Fluminense, Serna rescindiu contrato e Vanegas treina em separado no CT do Caju.

Independentemente de quem vem ou vai embora, o certo é que já virou tradição o Rubro-Negro ter estrangeiros em seu elenco. Sobretudo jogadores latinos. A começar pela lendária formação de 1949, a que originou o apelido Furacão, quando o uruguaio Sanguinetti foi um dos destaques.

Nos anos 1970, o Atlético investiu em paraguaios e argentinos, mas não foi tão feliz. Quem se lembra do lateral Arce e do goleiro Clemata, ambos vindos do Paraguai, e do portenho Arturo?

Na metade da década de 90, quem ganhou destaque foram os poloneses Nowak e Piekarski e o uruguaio Matosas.  No entanto, a prática de contratar estrangeiros ganhou força mesmo a partir de 1999, quando o Atlético passou a disputar com mais frequência torneios internacionais, como a Copa Libertadores e mais recentemente a Copa Sul-Americana.

Ferreira, o melhor

De lá pra cá, pouco mais de 20 atletas estrangeiros passaram pelo clube. Poucos com destaque. Uns se esforçaram para convencer e outros sequer vestiram a camisa rubro-negra.

Na última década, o grande destaque foi o meia-atacante David Ferreira, que chegou ao clube após a Libertadores de 2005. O baixinho colombiano, com suas arrancadas, dribles desconcertantes e gols, rapidamente se transformou em ídolo no Furacão e atualmente está nos Estados Unidos.

Outro colega seu também marcou época. Valencia deixou o clube neste mês após passar três anos defendendo o Atlético, sempre com muita garra. Fora a dupla colombiana, outro com algum destaque foi o zagueiro panamenho Baloy, na sua rápida passagem em 2005.

O paraguaio Julio dos Santos criou muita expectativa no torcedor, mas também não agradou. Acabou se juntando aos que arrancaram mais vaias do que aplausos da torcida. Agora é ver o que está reservado para Ivan Gonzales e, provavelmente, Freddy Guerrón e Federico Nieto.