Rivalidade sem idade

A história já foi bem diferente. Em meados dos anos 90, toda a vez que o Paraná Clube entrava em campo para enfrentar o Coritiba, a galera coxa-branca ficava ressabiada. Conhecido como papa-títulos, o Tricolor costumava atropelar a dupla Atletiba. Costumava.

Amanhã, quando o Tricolor recebe o Coxa no Pinheirão, a partir das 15h55, a realidade será outra. Bicampeão estadual, o Coritiba conseguiu se acertar nas últimas rodadas e é vice-líder do grupo A – o líder é a Adap. Já o Paraná, com sete pontos, vem de uma derrota por 2 a 0 para o time de Campo Mourão, antes considerado um "time menor".

Não bastasse a instabilidade na tabela, a semana do Tricolor foi abalada por declarações bombásticas do técnico Paulo Campos, que criticou publicamente a qualidade do elenco após o último revés, na quarta-feira. Indignado com o baixo rendimento do time, ele não poupou os jogadores. "O Paraná é apenas mediano. Por isso, o time tem que vencer na vontade e na superação."

O clima pesou e alguns jogadores se mostraram incomodados com a críticas públicas e generalizadas. O zagueiro Fernando Lombardi e o volante Messias deixaram claro que não gostaram da atitude e responderam à altura.

Se por um lado a turma ficou chateada, por outro o destempero de Campos pode ter servido como uma injeção de ânimo. Afinal, o treinador mexeu profundamente com o brio dos jogadores, o que pode ser um indício de que o Coxa terá uma parada dura. A palavra de ordem é surpreender, haja vista o clima de mistério provocado por Campos.

No Coritiba, o ambiente é bem mais ameno e não há como esconder o favoritismo. Por isso mesmo, o técnico Antônio Lopes não fez grandes rodeios e confirmou o time ontem mesmo, mostrando toda a sua confiança.

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