As duas rodadas disputadas confirmam os prognósticos: o equilíbrio é a marca desta Série B edição 2011. Após vinte jogos, não há um grande destaque e todos os vinte clubes já pontuaram.
O Paraná Clube comemora a terceira colocação, com quatro pontos. Invicto, o time do técnico Ricardo Pinto tem a seu favor o fato de ainda não ter colocado em campo a formação “ideal”.
A profunda reformulação pós-Paranaense determinou um volume grande de contratações. E, dos catorze reforços, somente sete já foram utilizados. Apesar de toda a polêmica após o empate diante da Portuguesa, o ponto conquistado valeu uma colocação relativamente tranquila.
“É um começo de trabalho. Ainda temos muito o que evoluir”, avisa Ricardo Pinto. O treinador acredita que ainda é cedo para definir quem é quem nesta Segundona. “É claro que a gente vê equipes bem estruturadas, como Portuguesa, Ponte Preta e Sport. E, hoje, coloco o Paraná neste grupo de clubes que têm condições de brigar pelo acesso”, comentou o treinador.
Na prática, sete empates e oito vitórias pela diferença mínima de gols dão o tom desta equiparação de forças na Série B. Outro dado interessante é que apenas três equipes conseguiram vitórias na condição de visitantes: Paraná Clube (2×1 no Ituiutaba), Ituiutaba (2×0 no São Caetano) e Criciúma (2×1 no Duque de Caxias).
“Por conta disso, valorizamos tanto aquele resultado obtido em Varginha. Mesmo tendo empatado com a Portuguesa, nos mantivemos numa boa colocação”, ressaltou Ricardo Pinto, esperando um crescimento natural do seu time a partir das entradas de jogadores como Éverton Garroni, Júnior Urso, Jeferson e Rone Dias.
Todos eles estarão regularizados, assim como o ala Júlio César. “Com todas essas peças, ganhamos opções para seguir na nossa caminhada, que está muito bem definida”, disse o treinador.
O Paraná trabalha com mini-metas: a cada quatro jogos, o objetivo é conquistar no mínimo sete pontos. Isso, projetado ao número de 38 partidas, corresponderia a 66 pontos, marca suficiente para fechar o ano comemorando a volta à primeira divisão nacional.
“É uma tarefa duríssima, mas vejo nosso grupo muito concentrado e com ambições. Com esse perfil, vamos atrás desse acesso, pois um clube como o Paraná não pode ficar mais marcando passo na Segunda Divisão”, arrematou Ricardo Pinto.