Renaldo em momento decisivo contra ex-clube

Mais uma vez a esperança do Coritiba se chama Renaldo. Desde que chegou ao Alto da Glória, o centroavante representa a expectativa dos torcedores na recuperação da equipe no Campeonato Brasileiro. Se o ?puro-sangue? deslanchar, o Coxa iria junto. Isto ainda não aconteceu -Renaldo marcou apenas duas vezes e reconhece que está ansioso e preocupado com a falta de gols. Mas ele espera que a redenção aconteça exatamente no primeiro confronto contra a ex-equipe, o Paraná Clube, no clássico de sábado, às 16h, no Pinheirão.

Renaldo está tenso. ?Eu nunca passei por uma situação como esta, de tanto tempo sem fazer gols. Isso me deixa muito ansioso, e eu estou tentando me controlar?, comenta o centroavante, apesar do alívio pela vitória contra o Vasco. ?A gente está mais confiante?, reconhece. E ele demonstrou tal nervosismo no domingo -apesar de bons passes e do corta-luz no segundo gol de Caio, ficou do jogo o lance perdido pelo camisa 9, após receber passe açucarado de Maia. ?Espero que esta dificuldade passe logo e eu volte a ter aquela frieza que eu sempre tive?, torce.

E ele sabe que, se a dificuldade ?passar logo?, a recuperação virá contra a equipe que o deu a oportunidade de renascer no futebol brasileiro. Quando chegou ao Paraná, em 2003, Renaldo era um jogador considerado ?ultrapassado?, mas os trinta gols que marcou reabriram seu mercado. Do Tricolor ele foi para a Coréia e depois para o Palmeiras, para então retornar à Vila Capanema no início do ano, onde permaneceu até a negociação com o Coxa.

Mesmo com essa ligação com o Paraná, Renaldo não vê o clássico de sábado como uma partida especial para ele. ?É diferente porque é um confronto entre times rivais, que vale muito para a gente. Não vou dizer que é um jogo qualquer, a gente fica mais ansioso. Tenho amigos no Paraná, gosto muito de lá, mas meu clube é o Coritiba, e meu interesse agora é fazer com que o Coxa vá no Pinheirão e vença a partida. E, se tiver a chance, vou marcar?, avisa o centroavante, que não se preocupa com o estado ruim do gramado do Pinheirão.

?Se não está bom, é para os dois. O jogo vai ser decidido nos detalhes?, resume.

Ele acredita que sua atuação será melhor no sábado porque o entendimento com Maia – a quem Renaldo chama de ?garoto? – está melhorando. ?Ninguém se entrosa em seis dias. Isso vai se conseguindo com o tempo, e creio que no clássico vamos acertar ainda mais?, diz Maia. ?O time inteiro está evoluindo, e é claro que no ataque as coisas estão também se acertando. A nossa expectativa é que contra o Paraná a gente melhore o nosso rendimento. É só fazer um gol que as coisas voltam a se encaixar para mim?, completa o ?puro-sangue?.

Cuca testa nova formação, mas mantém base

A primeira movimentação tática do Coritiba começou com uma má notícia. Preparado para retornar aos campos no clássico de sábado contra o Paraná, o volante Márcio Egídio acabou descartado pela comissão técnica para esta partida. Assim, Cuca ficou sem uma das peças que imaginava para montar o ?quebra-cabeça? alviverde no final de semana. O treinador então aproveitou para realizar avaliações – e testou uma nova formação defensiva.

Do time que enfrentou o Vasco, sobraram apenas o goleiro Douglas, o zagueiro Anderson e o capitão Reginaldo Nascimento – este, por sinal, formando de novo o trio defensivo, ao lado de Anderson e do jovem Douglas Ferreira – que ocupava a posição de Vágner, que sentiu dores na clavícula. Nas alas, saíram James e Rubens Júnior e voltaram Jackson e Ricardinho. Completando a série de alterações, Peruíbe treinou no meio-campo, como primeiro volante.

Segundo Cuca, a melhor forma de definir a equipe é avaliar durante os treinos. ?É bom poder acompanhar o rendimento de cada atleta. Melhor que falar é ver?, resume o treinador. De boa notícia, a volta de Luís Carlos Capixaba, que nem precisou ser reavaliado. ?Espero poder voltar ajudando o time a conquistar uma vitória no clássico?, diz.

O treinador garante que não haverá mistério na formação da equipe. ?A gente está querendo manter uma base, sem fazer muitas alterações?, comenta Cuca, que, entretanto, confirmou apenas a volta de Ricardnho à ala-esquerda. As outras dúvidas – Vágner ou Douglas Ferreira, Jackson ou James – ficaram para mais tarde.

Ausência

Egídio sentiu uma tendinite e o departamento médico preferiu deixá-lo de fora de mais uma partida – e provavelmente também do confronto com o Goiás, na próxima terça.

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