Reginaldo Vital festeja bom momento

Ele é um dos jogadores mais questionados do futebol paranaense em sua história recente. Apesar da qualidade, o meia Reginaldo Vital chegou a ser considerado "acabado" para o esporte, mas se reergueu no Coritiba, que deu chance a ele no ano passado.

Hoje, ele é um dos principais nomes da equipe e titular absoluto para o técnico Antônio Lopes, que já confirmou o retorno do armador para a partida de quinta, às 19h, contra o Cianorte, no Willie Davids. E se a oportunidade de jogar foi dada em 2004, este ano ele pode comemorar a fixação na posição em que despontou no Paraná Clube.

Foi como segundo volante que Vital começou a aparecer em meados dos anos 90. Vindo da "primeira leva" de jogadores oriundos do PSTC (que depois se ligou em definitivo ao Atlético), ele ganhou projeção na Vila Capanema, tornando-se rapidamente titular e conseguindo uma vantajosa transferência para o Japão, onde ainda tem bom mercado.

Tanto no Oriente quanto no tricolor, Reginaldo Vital tinha obrigações de marcar, mas era liberado para o apoio – a maneira que joga agora no Coxa. "Foi nesta posição que tive meus melhores momentos no futebol", confirma o armador, que ano passado jogava como meia, tendo a responsabilidade inclusive de ser o jogador mais avançado do setor. Apesar de ter feito boas partidas, ele acabou sendo irregular e pouco utilizado pelo Delegado, que chegou a dizer que Vital não poderia jogar mais atrás porque "não sabia marcar".

Depois de ouvir conhecedores do futebol do jogador e também de testá-lo ao lado de Marquinhos e Luís Carlos Capixaba, Antônio Lopes acabou mantendo Reginaldo como titular. "Fico feliz de o professor Lopes ter me dado essa chance. Eu estou me sentindo muito bem", diz o meio-campista.

E Vital reconhece que há um outro ponto fundamental – o preparo físico. "Há muito tempo eu não tinha a condição de trabalhar desde o início de uma temporada, ter um período de treinos físicos. Isso faz uma diferença muito grande no decorrer do ano. Estou fisicamente muito bem", comenta o jogador, que tem os fatos a seu favor – desde que foi emprestado pelo Gambá Osaka para o Atlético, em 2002, ele não completou temporadas.

Com preparo, apoio e jogando na posição certa, Reginaldo Vital tem hoje o respaldo que tanto precisava para voltar a jogar bem. E se depender da comissão técnica, ele vai continuar sendo valorizado. "Nós estamos muito contentes com o trabalho dele. O Vital tem uma capacidade técnica impressionante", afirma o preparador físico Róbson Gomes.

Lopes define o time para quinta

Não há mistério. O técnico Antônio Lopes confirmou ontem, em Maringá, que o time-base do Coritiba para este início de temporada está escalado para enfrentar o Cianorte, na quinta. Assim, pela primeira vez o Delegado terá quase todos os onze titulares -isso porque Reginaldo Vital e Miranda, livres da suspensão automática, estão de volta. Falta Flávio, ainda em tratamento de uma lesão no joelho.

Mesmo com Jackson tendo uma boa atuação em seu retorno ao Coxa, Lopes preferiu recolocar o time com o sistema que vinha dando certo. Coincidência ou não, a equipe não rendeu contra o Engenheiro Beltrão o que apresentara nas partidas anteriores, quando Vital estava no meio-campo. Salvo problemas, o Cori está definido com Fernando; Rafinha, Miranda, Alexandre e Ricardinho; Reginaldo Nascimento, Reginaldo Vital, Luís Carlos Capixaba e Marquinhos; Marciano e Luís Carlos.

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