Rafael é o nome do momento no rubro-negro

Rafael. Este é o nome da moda no Atlético. E é bom a torcida se acostumar. Ele deve começar a aparecer pelo menos três vezes na escalação titular do Furacão, seguidos pelos sobrenomes Santos, Miranda e Moura.

No domingo, contra o São Paulo, o time da Baixada deu largada à “era dos xarás”. Rafael Santos, na zaga, e Rafael Miranda, no meio-campo, apareceram pela primeira vez no time neste Brasileirão e mostraram que não devem sair tão cedo.

Eles se juntaram a um Rafael que já é sensação desde 2008: o atacante Rafael Moura. O He-Man caiu nas graças da galera atleticana no ano passado, com gols decisivos, e consolidou seu prestígio com a artilharia do Paranaense 2009.

Mas no empate em 2 a 2 com o tricampeão brasileiro, Moura foi ofuscado por um improvável goleador. Rafael Santos foi escalado pelo técnico Geninho para arrumar a zaga e brilhou também no ataque, marcando os dois gols do Furacão.

O dia de artilheiro foi surpresa para o próprio jogador. “Prefiro jogar pela esquerda. Minha direita é complicada… Mas para ajudar, já fiz tudo. Só não joguei de centroavante. Nunca havia feito dois gols no mesmo jogo”, revela.

Rafael Santos, 24 anos, chegou à Baixada em maio de 2007. Mesmo assim, era praticamente um desconhecido para a torcida. Até a reta final do Brasileirão 2008, teve pouquíssimas chances de atuar, quase sempre com o time reserva.

Com a chegada de Geninho, ele ganhou uma oportunidade, foi bem contra o Cruzeiro, mas logo se machucou e perdeu espaço. Uma nova chance veio contra o tricolor paulista e ele não deixou passar. Agora, já é apontado como titular.

Com Rafael Miranda, 24, aconteceu o oposto. O volante chegou ao CT do Caju na última terça-feira, treinou três dias com o grupo e já foi escalado no time principal. E foi logo mostrando que tem qualidade para permanecer na equipe.

“A estreia foi boa. O nosso grupo é batalhador, lutador, mas temos que trabalhar muito ainda. Com certeza faremos uma boa campanha neste Brasileiro”, aposta o novo camisa 11, que já conhecia um dos homônimos rubro-negros.

Assim como Moura, Miranda foi revelado pelo Atlético-MG. “Eu sou um ano mais velho. Quando ele subiu para os juniores, houve a necessidade de diferenciar os ‘Rafaéis’. Eu virei Rafael Moura e ele, Rafael Miranda”, revela o He-Man.

O problema, agora, fica para os narradores de rádio e tevê, que terão dificuldade para não confundir tantos xarás. O torcedor não está nem aí. O negócio é bola na rede e bom futebol, não importa se o sobrenome é Santos, Moura ou Miranda.