Quatro estádios do Paraná concentram jogos na temporada

Das 224 partidas que já foram disputadas em 19 estádios paranaenses nesta temporada, os gramados de Vila Capanema, Couto Pereira, Café e Caranguejão receberam 87 duelos. Mesmo sem ser palco de competições nacionais, o Estádio do Café, em Londrina, é o que mais recebeu partidas no ano. O grande uso é impulsionado pela presença de três clubes locais entre a Primeira Divisão e a Divisão de Acesso do Estadual, proporcionando 25 jogos.

O palco londrinense, com capacidade para 35 mil pessoas, teve sua maior lotação na temporada quando 6.628 torcedores conferiram a derrota do Londrina sobre o Operário, pelo Estadual. Em contrapartida, o Cincão, que disputa a Divisão de Acesso, teve 150 pagantes como maior público. “É como nosso treinador (Gilberto Papagaio) fala: o estádio acaba se tornando um campo neutro”, disse o presidente do Cincão, Gilberto Ponce.

Há 13 partidas que, em jogos da Divisão de Acesso, Cincão ou Junior Team não conseguem arrecadar nas bilheterias o suficiente para pagar as despesas de um jogo. Para aliviar, a Prefeitura de Londrina, proprietária do estádio, deixou de cobrar o aluguel. “O nosso custo acaba sendo com ambulância, gandula, maqueiros, segurança, e arbitragem”, disse Gilberto Ponce, lembrando que o prejuízo por jogo da equipe fica na base de R$ 5 mil.

Gramado

Utilizado em todas as rodadas da Divisão de Acesso, o gramado do Estádio do Café já demonstra irregularidades notáveis. Uma das consequências foi o adiamento do derby londrinense entre Cincão x Junior Team, de ontem para a próxima semana.

A preservação do gramado foi uma das alegações de Paraná Clube e Coritiba nas negativas de empréstimo de seus estádios ao Atlético. Com 24 jogos em 2012, a Vila Capanema, que foi palco do Furacão no Estadual, atualmente recebe jogos do Paraná pela Divisão de Acesso e pela Série B do Brasileiro.

No Couto Pereira, utilizado exclusivamente pelo Coritiba, foram 20 partidas, entre Estadual, Copa do Brasil e Série A do Brasileiro. “O ideal para qualquer clube no mundo é jogar a cada 15 dias no estádio”, recomenda o especialista em gramados de futebol, Ildo Padilha, lembrando que a situação está longe da realidade brasileira.

No caso Caranguejão, casa do Rio Branco de Paranaguá, havia a expectativa de que o gramado “descansasse” até o ano que vem. Porém, o estádio acabou “ganhando calendário” ao se tornar refúgio do Grecal, de Campo Largo, na Divisão de Acesso. O Atlético, que utilizou o campo parnanguara no final de semana, irá testá-lo ainda mais ao longo da temporada. Na sequência da Série B, o Furacão mandará todos os seus jogos no local.

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