Mais caro: 60%

Preço das cadeiras da Arena da Baixada gera controvérsia

As cadeiras da empresa Kango Brasil Ltda. vão custar muito mais caro ao Atlético que ao estádio Nacional de Brasília. A diferença de preço é de 60,08%. A constatação do superfaturamento é feito em um comparativo entre os valores que a empresa a qual tem como sócio Mário Celso Keinert Petraglia, filho do presidente do Atlético e da CAP S/A, Mário Celso Petraglia, e o preço ofertado, em pregão presencial realizado em agosto, ao governo do Distrito Federal, que administra as obras no Mané Garrincha.

Enquanto na arena Rubro-Negra cada assento do setor mais simples, composto pelas chamadas cadeiras Copacabana, custará R$ 259,00, em Brasília o mesmo equipamento, ofertado pela Kango, sairia por R$ 161,06.

Em Brasília, a empresa do filho de Petraglia ofertou 65.802 cadeiras, mais 30 reservas, por R$ 12,624 milhões. A Desk Móveis Escolares e produtos Plásticos LTDA, do Rio de Janeiro, venceu o pregão presencial com a oferta de R$ 10,641 milhões, com valor de R$ 138,51 cada assento. A fornecedora que ganhou a concorrência ofereceu um produto de qualidade similar 14% mais barato que a Kango.

Além disso, as condições de pagamento que estão prevista, e foram acatadas pela Kango para participar do pregão, também foram mais vantajosas do que a proposta à CAP S/A. No caso do estádio Nacional, a empresa começa a receber apenas 30 dias após o fornecimento do produto e a emissão da nota fiscal. Em nenhum momento foi previsto adiantamento na ordem de 80% do valor total da prestação de serviço.

Em agosto, Petraglia emitiu uma ordem de serviço para a empresa do filho iniciar a prestação de serviço à Arena da Baixada. No contrato serão entregues 24.786 cadeiras Copacabana, ao preço de R$ 6,419 milhões. Pela Desk, a mesma quantidade de assentos custaria R$ 3,433 milhões.

Derrotada na tomada de preços em Brasília, a empresa do filho do Petraglia entrou com um mandato de segurança, alegando “violação no procedimento licitatório”.