PM não dá segurança ao jogo do Coritiba amanhã

Sobrou para o Coritiba. A diretoria do Alviverde terá de recorrer a seguranças particulares para a partida contra o Fortaleza, amanhã, às 16h. Na manhã de ontem, a Polícia Militar tornou público um comunicado dando conta de que a PM não teria contigente suficiente para trabalhar nos dois jogos marcados para as 16h, em Curitiba (Coritiba x Fortaleza e Paraná x Corinthians).

No entanto, apesar de a PM garantir ter enviado, terça-feira, o comunicado à Federação Paranaense de Futebol (FPF), apenas ontem o pedido de mudança de horário chegou à CBF. Como as partidas acontecem a menos de 48h de ser informada, a entidade achou por bem manter os horários, especialmente em função do Estatuto do Torcedor. O novo código pede que data, horário e local das partidas sejam comunicados com antecedência.

Se houvesse mudança de horário, quem seria forçado a ceder seria o Coritiba, uma vez que a partida entre Paraná Clube e Corinthians será transmitida pela TV aberta. “Às 18h já é noite. O torcedor prefere jogos à tarde”, disse o assessor da presidência, Walter Alves de Souza. Para manter a partida, o Coritiba se dispôs a bancar a segurança dentro do estádio. “Normalmente, contamos com 40 seguranças particulares. Para esse jogo, teremos que ter entre 130 e 150”, disse Alves.

O presidente do Coritiba, Giovani Gionédis, lamentou o fato de o comunicado da Polícia só ter sido feito ontem. “Nós protocolamos na Secretaria de Segurança Pública, no dia 28 de maio, todos os jogos do Coritiba, com datas, horários e estimativa de público. A coincidência poderia ser notada antes.” Fora do estádio, entretanto, geralmente onde acontecem maiores transtornos, quem será responsabilizada pela segurança é a própria Polícia Militar. “Teremos que fazer das tripas coração para dar conta”, disse o Coronel Nery

Novo esquema para pressionar

Com tantas ausências, era até natural que o técnico Paulo Bonamigo tivesse dúvidas para escalar a equipe que joga amanhã, às 16h, contra o Fortaleza, no Couto Pereira. São cinco desfalques, que mudam parcialmente a defesa e totalmente o ataque. E é muito provável que a formação alviverde seja bastante ofensiva, já que os testes realizados quinta e ontem agradaram o treinador.

Seria uma equipe bem diferente da que vem jogando -primeiro, pelas ausências; segundo, pela mudança de sistema tático; e terceiro, pela opção clara de jogar na frente. E na defesa as mudanças são mais profundas. “Sempre um lateral terá que fechar na marcação”, explica Bonamigo. Isso é para que Odvan e Reginaldo Nascimento não fiquem sobrecarregados – além disso, Tcheco e Roberto Brum vão ter que ajudar na marcação.

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