Petraglia promete explicar campanha deste ano

O presidente Mário Celso Petraglia, do Atlético, promete para hoje uma nova revolução no clube. É esperado que medidas drásticas sejam tomadas e uma reformulação geral seja desencadeada no CT do Caju e na Arena da Baixada. Após o time perder para o Cruzeiro por 4 a 1 e dar mais um vexame no Campeonato Brasileiro, o dirigente não se conteve e garante que vai entregar os nomes dos jogadores que não querem mais vestir a camisa do Rubro-Negro e de ex-dirigentes que estariam trabalhando contra o Furacão.

A fúria de Petraglia era tanta após a vergonhosa derrota diante da Raposa que as tradicionais entrevistas coletivas foram substituídas por entrevistas para todos os veículos de comunicação que quiserem entrar em contato com ele. Segundo o dirigente, falando para muitos jornalistas de uma vez só, suas palavras acabam se dispersando. “Meu telefone estará à disposição durante todo o dia”, informou.

A expectativa está em torno das justificativas para a série de problema pelos quais o clube passou durante o ano. A troca de comando diretivo só fez cair a produção do time, que termina o ano de forma melancólica. Além disso, Petraglia também deve divulgar os nomes dos “falsos atleticanos”. Pessoas que estariam tramando contra seu comando à frente do clube ou criticando sua postura presidencial. No último caso, ele deverá responder às acusa-ções feitas pelo ex-presidente do conselho deliberativo, José Henrique de Farias.

Já na área de futebol, a base do time campeão no ano passado e que naufragou esse ano não deverá entrar em 2003 defendendo as cores rubro-negras. Os primeiros a sair deverão ser o goleiro Flávio, o zagueiro Sílvio Criciúma, o volante Vital e o atacante Jadílson. Todos têm seus contratos findos em dezembro deste ano, e não deverão ser renovados. Outros deverão ser negociados para fazer caixa para a finalização da Arena. Neste caso estão os laterais Alessandro e Fabiano, o zagueiro Gustavo, o meia Kléberson e os atacantes Alex Mineiro e Kléber. Todos interessam ao futebol europeu e deverão ter suas saídas facilitadas para a reformulação do elenco.

Para comandar os trabalhos um novo treinador deverá ser contratado junto com uma nova comissão técnica. A princípio, eles trabalhariam com os jogadores que ficarem e as promessas dos juniores, que estão subindo para os profissionais.

Faltou pouco para o cai-cai e sobraram gols

Rodrigo Sell

O Atlético se despediu no sábado, definitivamente e melancolicamente, de qualquer possibilidade de se classificar para a próxima fase do Campeonato Brasileiro. O campeão brasileiro perdeu para o Cruzeiro por 4 a 1, em Belo Horizonte. O próximo compromisso será domingo, apenas para cumprir tabela, contra o Juventude.

O Rubro-Negro começou recuado demais, trouxe os mineiros para cima, pedindo o gol. Numa boa cobrança de escanteio de Rondinelli, o zagueiro Ígor cabeceou errado e marcou contra.

O gol sofrido não animou muito o time da Baixada. O desânimo era total e as investidas ao ataque eram esporádicas. Numa delas, foi a vez da defesa cruzeirense bobear. Num levantamento de Kléberson, o mesmo Ígor subiu mais e empatou o jogo. A reação atleticana parou por aí. O que se viu na seqüência foi o mesmo time que se arrasta em campo e espera o adversário tomar a atitude da partida.

Mesmo com a desvantagem no placar, a reação foi apenas burocrática, com alguns chutes a gol. Do outro lado, o time da casa continuava indo para cima e, para fechar o primeiro tempo, chegou ao terceiro gol. Em mais um levantamento de Rondinelli, Luisão aproveitou para cabecear para a meta de Flávio, que aceitou o gol.

Para tentar criar um fato novo, Abelão desmontou sua arapuca pifada e colocou o time para atacar. Saiu Alan e entrou Dagoberto, mas Fabiano começou a pôr tudo a perder ao dar uma cotovelada em Ruy, sendo expulso de campo. O treinador pôs Fabrício no lugar de Kléber para recompor a defesa. No mesmo momento, Marcelo Batatais aumentou o marcador para 4 a 1. A coisa estava tão feia que Dagoberto deu um pontapé por trás em Luisão e também foi para o chuveiro mais cedo. E Douglas Silva arrumou um jeito de entrar em férias mais cedo, com um chute por trás e sendo também expulso.

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