Paulo Campos vai testar o contraveneno

Há dois anos, Paulo Campos estava do outro lado. Fez, no Palmeiras, um trabalho voltado para a revelação de novos valores. Agora, tenta tirar proveito desse conhecimento para conduzir o Paraná Clube na busca por mais um resultado positivo fora de casa. Na condição de “inimigo íntimo” do verdão, confia na eficiência tática do tricolor para enfim sair da temida zona de rebaixamento. O duelo será às 20h30, no Palestra Itália, com direito a certo suspense por parte dos dois treinadores.

“Lembro com alegria dos bons momentos no Palmeiras, mas, hoje, meu compromisso é com o Paraná”, avisou Paulo Campos. Além de buscar Vagner Love, atualmente no CSKA, da Rússia, na equipe juvenil, o técnico montou um time competitivo com Sérgio, Glauber, Alceu, Diego Souza e Correia, todos eles integrantes do atual elenco palmeirense.

“Isso sem contar Edmilson, Anselmo, Reinaldo, Pedro e Lopes, todos bons jogadores e que estão em outros clubes do Brasil ou do exterior”, lembrou. Num campeonato equilibrado, onde detalhes são decisivos, Campos demonstra um total domínio sobre as qualidades do adversário desta noite. “É um aspecto a ser considerado”, acredita. Porém, sabe que da mesma forma seus ex-pupilos também conhecem suas estratégias. Sem contar que Estevam Soares já venceu o Paraná por duas vezes na temporada, à frente da Ponte Preta e, depois, Palmeiras.

São situações que levaram Paulo Campos a não antecipar a postura e até mesmo a escalação do Paraná Clube para esta partida. Pode lançar uma formação mais cautelosa, recorrendo à utilização de três volantes. A volta de Messias, após cumprir suspensão, é uma opção viável num jogo que deve ter como diretriz a forte marcação. Mesmo necessitando de uma vitória – o Palmeiras vem de revés no clássico frente ao São Paulo – o perfil de jogo do clube paulista é marcado por um intenso bloqueio no setor de meio-de-campo.

Se a opção for por três volantes, o Paraná terá, mais uma vez, Galvão mais isolado à frente. Essa escalação só ocorrerá caso o verdão venha com cinco jogadores de meio-de-campo, ou seja, com Pedrinho na função de segundo atacante.

Paulo Campos preparou ainda outra estratégia. Se quiser adotar um estilo de jogo mais ofensivo, tendo velocidade pelos lados do campo, o treinador mantém Maranhão na equipe, sacando um dos volantes, Beto ou Messias. “O importante é que estamos preparados para as duas situações. Como hoje o grupo está num bom astral e fechado, posso adotar essa postura, pois independente de quem começar o jogo, não haverá oscilações”, afirmou o treinador paranista, que confirmou a volta de Etto à condição de titular da ala direita. (IC)

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