Ele está louco para ficar. É cada vez mais claro que Roberto Fernandes quer permanecer como técnico do Paraná Clube em 2017. Mas, além das dificuldades que viveu até o Tricolor escapar do rebaixamento e do péssimo rendimento até agora (25,92% em nove jogos), Bob ainda nem foi procurado pela diretoria para falar sobre o futuro.
“O planejamento de 2017 não foi discutido comigo. Até porque eu sempre falei com Hélcio (diretor de futebol do Paraná): ‘vamos terminar primeiro um trabalho e depois vamos começar outro'”, disse o treinador após a partida contra o Criciúma.
Com duas vitórias, um empate e seis derrotas, Roberto Fernandes tem também o histórico como “adversário”. Nas últimas cinco temporadas, apenas um técnico que terminou a Série B começou o Paranaense do ano seguinte. Toninho Cecílio em 2012 foi o único a atingir essa marca. Fernando Miguel (2015), Ricardinho (2014), Dado Cavalcanti (2013) e Guilherme Macuglia (2011) tiveram novos clubes para comandar na temporada seguinte.
Em nome do trabalho de Roberto Fernandes surge uma voz. A dele próprio. “Eu acho que o percentual de aproveitamento é um percentual baixo e incompatível com os meus números em forma geral. A minha média como treinador é de 55%, chegando a 80%, sendo o mais baixo 40%”, comentou o técnico. Ele continuou se valorizando. “Nas últimas equipes em que eu participei do planejamento no início da temporada (Remo em 2014 e América-RN em 2015), eu fui para a final do campeonato”.
Como até agora o Paraná Clube não se manifestou sobre qualquer definição sobre a própria temporada, Bob Fernandes continua tentando se cacifar. Mas a tendência é que nem todo marketing pessoal vá ajudá-lo.