Que venha 2019!

Salvação do vexame do Paraná Clube em 2018 é apenas mudança de ano

Tricolor lamentando e adversário comemorando. Uma cena que virou rotina em 2018 e que o time parece ter aceitado. Foto: André Rodrigues

Entra técnico, sai técnico. Altera esquema tático, peças em campo. Mas parece que a única mudança que pode salvar o Paraná Clube é a de ano. Na goleada por 4×0 para o Flamengo, na noite de domingo (21), na Vila Capanema, mais uma vez o Tricolor se mostrou um time apático em campo, sem conseguir pressionar o adversário e até mesmo ter força para terminar este Campeonato Brasileiro de forma digna. O resultado fez o time paranista bater o recorde de jogos consecutivos sem vencer na era dos pontos corridos, com 16 rodadas seguidas.

Estreante da noite, o treinador Dado Cavalcanti tentou mexer o mínimo possível na formação paranista. Deixou a base do antigo comandante, Claudinei Oliveira, apenas colocando o volante Jhonny Lucas e o lateral-esquerdo Mansur entre os titulares. Até mesmo o esquema 3-5-2, que foi usado na derrota por 2×0 para o Bahia, na rodada passada, foi o mesmo. O problema é que a postura também não foi alterada.

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Nos primeiros dez minutos, parecia um novo Paraná Clube, indo para cima, pressionando o adversário. Mas bastou passar o ímpeto inicial para a equipe ficar completamente perdida em campo. O gol do rubro-negro carioca, aos 17 minutos, foi uma mostra disso. O time paranista saiu mal para o ataque, perdeu a bola na entrada da área e Uribe e Paquetá estavam completamente livres para o primeiro tocar para o segundo balançar as redes.

E mais uma vez, quando saiu atrás no placar, o Tricolor se entregou em campo. Não tinha forças para reagir, mal chegava ao ataque e tinha que se virar na defesa para evitar uma goleada. Os mesmos defeitos que já vem apresentando desde o início do Brasileirão. Embora o discurso em todas as entrevistas seja de confiança e de promessa de raça, a apatia toma conta do grupo dentro de campo. A impressão que fica é que os atletas entram em campo já esperando o apito final após 90 minutos.

A ‘surpresa’ de Dado Cavalcanti foi voltar do intervalo com o atacante Raphael Alemão no lugar do zagueiro Renê Santos. Aí foi uma espécie de 4-2-4, em uma tentativa de ir para cima e sufocar o Flamengo. Mas a situação foi completamente inversa. Vulnerável, o Paraná Clube não conseguia fazer a bola chegar lá na frente e ainda deu todos os espaços para o adversário atacar com enorme facilidade e definir o resultado.

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No segundo gol, logo aos seis da etapa final, Vitinho apareceu sozinho na área e aproveitou rebote da defesa para ampliar. Aos 11, em rápido contra-ataque, Vitinho deixou Uribe na cara do gol para fazer mais um.

A sorte paranista é que depois dos 3×0, o time carioca tirou o pé do jogo, com Dorival Júnior aproveitando para poupar alguns jogadores. Só que quem entrou, ainda quis mostrar serviço e, aos 45, Diego foi lançado e dividiu com Richard. A bola sobrou para Henrique Dourado apenas completar a goleada, que gerou protestos e revolta na Vila Capanema, com os jogadores sendo vaiados e cobrados na saída do campo. Agora, é torcer logo para acabar este campeonato para já focar em 2019.

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