Quem fica e quem sai?

Reta final do ano do Paraná servirá como teste para jogadores e Roberto Fernandes

Lembram do Leonardo? Está por aí ainda, foi pouco usado e pode aparecer nas últimas partidas do Paraná Clube na Série B. Foto: Antônio More

Sem correr mais riscos de ser rebaixado para a Série C, o Paraná Clube apenas cumprirá tabela nas duas últimas rodadas da Série B do Campeonato Brasileiro, diante de Ceará, que não briga por mais nada no torneio, e Tupi, já rebaixado para a Terceirona. Porém, internamente, os dois jogos servirão para avaliar o atual elenco e quem permanecerá no Tricolor em 2017.

O grupo paranista conta com 35 jogadores, dos quais 16 têm vínculo se encerrando no final da temporada. Alguns destes atletas foram titulares ao longo da competição, como o goleiro Marcos, o zagueiro Leandro Silva e o atacante Fernando Karanga, que chamam a atenção da diretoria e são bem cotados para ficar, principalmente o arqueiro, ídolo do clube.

Outros atuaram com frequência, casos do lateral-direito Lucas Taylor dos zagueiros João Paulo e Pitty, do lateral-esquerdo Henrique Gelain e do atacante Guilherme Queiroz. Porém, a grande maioria pouco entrou em campo, situação dos zagueiros Leonardo e Zé Roberto, dos volantes Lucas Otávio e Wellington Reis, do meia Cristian e dos atacantes Henrique, Núbio Flávio e Paulinho Peres.

E é justamente pra esses que não tiveram muitas chances que os dois últimos jogos do ano terão mais importância, uma vez que podem ser relacionados e mostrar serviço para o técnico Roberto Fernandes. Ainda mais devido aos desfalques do volante Anderson Uchoa, que fraturou o rosto e não joga mais em 2016, e dos atacantes Lúcio Flávio e Fernando Karanga, suspensos.

“O Paraná, por sua tradição, não pode abrir mão jamais de entrar em campo sem o compromisso de vitória, mas é o momento também de analisar e dar oportunidades para alguns atletas que não tiveram oportunidades”, disse o treinador, que também não tem sua permanência garantida e precisa reverter os números até aqui para provar que merece ficar.

O comandante paranista, que em nove jogos soma apenas duas vitórias, um empate e seis derrotas, totalizando 25% de aproveitamento, destacou que ainda não foi procurado para renovar o contrato, mas garante querer continuar no Paraná.

“O planejamento de 2017 não foi discutido comigo. Até porque eu sempre falei com Hélcio (diretor de futebol do Paraná): ‘vamos terminar primeiro um trabalho e depois vamos começar outro. No decorrer da semana, deve entrar em pauta”, disse ele, após a derrota por 2×1 para o Criciúma, sábado passado.

Certamente a grande maioria destes 16 nomes não deve permanecer no Paraná. A tendência é de que cerca de cinco ou seis jogadores, no máximo, continuem no ano que vem. Desta forma, os dois últimos jogos podem não interferir na tabela, mas pesarão no planejamento.