Mudança

Paraná larga a Kennedy e transfere comando do clube pro Ninho da Gralha

Na fachada da sede da Kennedy, já está também a marca da empresa que arrendou o salão de festas. Foto: Daniel Castellano
Na fachada da sede da Kennedy, já está também a marca da empresa que arrendou o salão de festas. Foto: Daniel Castellano

Seja qual for a razão, é o fim de uma era. Pensando em reduzir o número de funcionários e até por isso abdicar de distribuí-los em vários locais, a diretoria do Paraná vai deixar a sede da avenida Presidente Kennedy, na Vila Guaíra, e transportar-se para o Ninho da Gralha, em Quatro Barras.

Isso significa que a sede do Paraná Clube será lá, mudando de local depois de quase 27 anos – sem contar o período em que Água Verde e Pinheiros tiveram na Kennedy o que se chamada de “sede social” até meados dos anos 2000.

É na verdade o último passo para uma tentativa de capitalizar plenamente o terreno e seus espaços físicos. Existe a possibilidade de arrendamento da estrutura, o que não é novidade. A estratégia não seria novidade. Em 2012, o salão social foi arrendado para uma empresa privada pelo período de 20 anos. Já a quadra de grama sintética, também situada na propriedade, já foi terceirizada no mês de julho.

Saindo aos poucos

Na verdade, o centro da decisões do Tricolor vem se afastando da Kennedy desde a posse do presidente Leonardo Oliveira. Ele defendeu durante a campanha a inviabilidade financeira de manter a sede. Um mês após a vitória de Oliveira nas urnas, os Conselhos Deliberativo e Consultivo do clube aprovaram a venda da maior parte da propriedade – até agora não se sabe se houve alguma proposta.

Com a administração saindo da sede, fica claro que o clube não tem interesse em mantê-la sob seu controle, aceitando vender ou arrendar.

Sobre a mudança para Quatro Barras, o comando paranista espera que a mudança otimize o trabalho de seus funcionários, reduza os gastos com automóveis e telefone, além do tempo no trânsito no trajeto entre uma sede e outra.

Por fim, a análise dos cartolas é de que a transição ajudará a resolver um dos maiores problemas históricos de gestão do Paraná: o não pagamento dos salários de funcionários, que acaba resultando em dívidas trabalhistas. Ou seja, a aposta é em uma estrutura física enxuta e um quadro de funcionários mínimo, mas com os vencimentos em dia.