Acaba, 2018!

É hora de pensar em 2019, Paraná Clube

Claudinei Oliveira ainda não sabe se permanece no comando do Paraná pro ano que vem. Foto: Marcelo Andrade.

No dicionário curitibano, o significado de “largar os bets” é bem claro: desistir de algo. Essa tem sido a rotina do Paraná Clube, principalmente, quando sofre um gol neste Brasileirão. Não foi diferente contra o Bahia, no último sábado, em Salvador, quando sofreu o primeiro tento aos 39 minutos do segundo tempo e se entregou por inteiro – sofrendo o segundo aos 44.

Matematicamente, o Tricolor ainda não está rebaixado para a Série B com a derrota para o Bahia, mas, a missão, que era difícil, ficou digna de um filme do Tom Cruise. É praticamente impossível o Paraná Clube ficar na elite do futebol brasileiro em 2019. Com isso, é bom a diretoria paranista, que foi reeleita no mês passado, já começar a traçar um bom planejamento para a próxima temporada. E isso passa pela permanência ou não do técnico Claudinei Oliveira.

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Em entrevista coletiva, após o novo tropeço no Campeonato Brasileiro, o treinador não “jogou a toalha” e cobrou a diretoria. “Se algum momento eu achar que não tenho mais o que agregar, é ser honesto e ver com o presidente o que é melhor para o clube. Eu tenho muito respeito pelo Paraná, gosto do clube e tenho muito orgulho de estar aqui. O tempo está passando e não é definida uma situação. Tem que ver o que é melhor para 2019, para ver o que podemos direcionar. Eu me coloco no lugar do presidente. As coisas não estão acontecendo, mesmo com o trabalho sendo bem feito. O Paraná tem que pensar a médio prazo. Se tem convicção comigo, estou aqui. Estou me colocando à disposição para o melhor para o clube”, disse Claudinei Oliveira.

Mesmo com a pífia campanha no comando paranista, já que possui 11 jogos, com oito derrotas e três empates, o treinador parece sem bem quisto entre os torcedores. Em uma pesquisa recente, feita pelo site Globoesporte.com, 48% dos participantes apoiam uma permanência do técnico no cargo para o ano que vem. De fato, o comando não tem sido o principal alvo dos paranistas na temporada de 2018. A montagem do elenco é que “pegou”.

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Os últimos contratados pelo Tricolor, os atacantes Deivid e Ortigoza, também não conseguiram fazer com que o principal defeito do time fosse arrumado, que era empurrar a bola para as redes. O primeiro, aliás, perdeu um gol na cara do goleiro Douglas, diante do Bahia. Certamente, uma nova equipe, totalmente remodelada será feita em 2019, já que o próprio Claudinei Oliveira apontou o erro na montagem do grupo para este ano. “Não temos jogadores artilheiros. Talvez tenha faltado trazer esses atletas com mais capacidade de definição. É muito difícil se salvar. Mas, vamos lutar até o final”, concluiu o treinador.

Para o ano que vem, poucos jogadores possuem contrato. O que, de certa forma, pode ser um alívio para a torcida paranista. Apenas seis atletas têm vínculo pra 2019: o goleiro Richard, o lateral-direito Júnior, o lateral-esquerdo Igor, os volantes Leandro Vilela, Jhony e Jhonny Lucas e o atacante Raphael Alemão.

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