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Paraná Clube tem números que beiram o desespero no Brasileirão

Tricolor deve fechar o ano com o pior desempenho ofensivo da história dos pontos corridos. Foto: Albari Rosa.

São 17 jogos sem uma vitória. Mais de três meses sem conquistar um resultado positivo e o Paraná Clube vem colecionando números negativos na disputa do Campeonato Brasileiro. Essa campanha ruim do Tricolor no seu retorno à Série A pode culminar com a confirmação do rebaixamento já no duelo deste domingo (4), às 16h, diante do Vitória, na Vila Capanema. Pode ser a primeira vez na história que o time paranista será matematicamente rebaixado à Série B dentro do seu estádio.

Além da situação irreversível que apresenta no Campeonato Brasileiro, o Paraná Clube deve terminar a competição nacional sendo dono de números negativos da história dos pontos corridos. O Tricolor já tem a maior sequência sem vitórias da história do torneio. Antes, São Caetano, em 2006, e América-RN, no ano seguinte, haviam, ficado 16 partidas sem conquistar uma vitória sequer no Brasileirão.

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O América-RN, inclusive, tem a pior campanha da história dos pontos corridos com apenas 17 pontos conquistados. Assim, o time paranista, que tem essa pontuação neste momento do Campeonato Brasileiro, precisa somar pelo menos mais um ponto nos sete jogos restantes para não igualar o recorde negativo do time potiguar e não ficar marcado como a pior equipe da história dos pontos corridos.

Outro número negativo que o Paraná deve colecionar ao final do Campeonato Brasileiro é o desempenho ofensivo que teve ao longo do torneio. O time paranista, em 31 partidas realizadas, marcou apenas 13 gols. Foram nada menos do que 19 jogos, ou seja, um turno inteiro, que o Tricolor passou em branco e não conseguiu balançar as redes adversárias.

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O Paraná deve fechar como o pior aproveitamento ofensivo da história dos pontos corridos do Campeonato Brasileiro. Quem ocupa esse posto até agora é o Náutico que, em 2013, marcou apenas 22 gols ao longo da competição nacional daquele ano. O Tricolor teria que marcar dez gols em sete jogos e dobrar seu desempenho apresentado até agora. Para se ter uma ideia da falta de força do ataque paranista é que o artilheiro do Brasileirão, o atacante Gabriel, do Santos, já marcou nada menos do que 16 vezes.

Para piorar, as perspectivas não são animadoras. O Paraná passou, nos últimos dias, por um verdadeiro desmanche. Vários jogadores acabaram deixando o time paranista. Já pensando em 2019, o técnico Dado Cavalcanti deve usar essas sete últimas rodadas para observar alguns jogadores, especialmente os mais jovens e que devem ser aproveitados na disputa do Campeonato Paranaense do ano que vem.

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Na verdade, o desempenho do Paraná durante todo o ano já dava certa amostra do que seria a campanha do clube no Campeonato Brasileiro. O Tricolor, que venceu apenas três jogos na competição nacional, todos eles na Vila Capanema, durante toda a temporada, conseguiu apenas uma vitória jogando longe de casa. Aconteceu ainda no Campeonato Paranaense, quando bateu o Foz, na fronteira, pelo segundo turno do Estadual.

Mas talvez a grande perda do Paraná tenha sido o orgulho e o “paranismo” que conseguiu resgatar no ano passado, quando o Tricolor garantiu, na Série B, o retorno à primeira divisão. Jogou fora todo o trabalho realizado em 2017 e, a partir do ano que vem, quando voltará a receber uma cota menor de televisão e terá mais dificuldades financeiras, terá que buscar a volta à elite e também trazer de volta o torcedor paranista para o seu lado.

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