Erros fatais

Paraná Clube melhora, joga bem, mas erra e acaba derrotado

A bobeada de Mansur gerou a falta que Terans cobrou na cabeça de Leonardo Silva. O Paraná era melhor, mas sofreu o gol. E a dose ainda se repetiu. Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG

O Paraná Clube mostrou que é possível lutar para sair da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Mas também teve mais uma prova de que essa luta vai ser complicadíssima. Jogando bem, criando chances, mas errando em momentos decisivos, o Tricolor perdeu nesta quarta-feira (25) para o Atlético-MG por 2×0 na Arena Independência, e vai passar mais uma rodada entre os piores do Brasileirão. Se há o alento de que a atuação foi boa, ficam as lições de que as falhas são – e serão – fatais.

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Rogério Micale foi forçado a promover uma estreia. Renê Santos fazia seu primeiro jogo antes do previsto, por conta das lesões de Rayan (o titular) e Igor (o lateral que jogou improvisado contra o América-MG). Também sem poder escalar Carlos – dono de seus direitos, o Galo não autorizou que ele jogasse -, o treinador optou por fortalecer o meio-campo com Alex Santana, Leandro Vilela e Caio Henrique. O plano era simples: marcar muito, evitar que os donos da casa controlassem a partida e impedir que a blitz inicial surtisse efeito.

Era natural então que o Atlético-MG ficasse com a posse de bola e buscasse mais o gol. Mas o Tricolor conseguia conter o ímpeto mineiro. Não era exatamente uma retranca, apesar da postura defensiva – a marcação começava mais à frente, o que facilitava o trabalho dos volantes e fazia com que Thiago Rodrigues não trabalhasse até a meta do primeiro tempo. O que faltava era ameaçar a zaga adversária, ter Silvinho, Nadson e Rodolfo participando mais do jogo.

Cléber Reis e Ricardo Oliveira, o duelo da noite. Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG
Cléber Reis e Ricardo Oliveira, o duelo da noite. Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG

Se não haviam chances de gol e se a partida estava tecnicamente abaixo do esperado, era mais problema para o Galo. O Paraná começou a encontrar espaços, primeiro com Alex Santana, depois com Nádson – nas duas oportunidades, Victor teve que se virar para defender. Do outro lado, o jogador a ser parado pelo Tricolor era Chará. O colombiano fazia um salseiro na defesa paranista, e num desses lances sofreu falta de Mansur. Terans cobrou e Leonardo Silva fez o gol. Era a primeira finalização dos mineiros.

Organizado em campo, o Paraná Clube teria que dar o “passo à frente”. Atacar mais, dar mais campo para os donos da casa. E o jogo se abriu. Antes do intervalo, Renê Santos perdeu uma chance de um lado, e Terans parou em Thiago Rodrigues no outro. O segundo tempo também começou aberto, e Mansur foi o primeiro a ameaçar Victor. O Galo também pressionava, principalmente com o ligeirinho Chará. O jogo melhorava. Mas faltava o gol de empate tricolor.

Rodolfo era o destaque dos visitantes, era quem mais se movimentava. E arriscava, chutava a gol, fazia o goleiro do Atlético-MG trabalhar. Mas Nadson e Silvinho não rendiam, e aí faltava ao Tricolor mais força para chegar à igualdade. Micale resolveu trabalhar, colocando Torito González e Raphael Alemão nos lugares de Leandro Vilela e Alex Santana. Só que na hora em que as mudanças eram feitas, Caio Henrique entregou a bola no pé de Elias, que arrancou e tocou na saída de Thiago Rodrigues.

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Com o 2×0, o Galo se postou com mais segurança na defesa, enquanto o Tricolor sentiu bastante o golpe – afinal, a boa atuação era complicada por falhas individuais. Na reta final do jogo, o Paraná ficou com um jogador a mais após a expulsão de Lucas Cândido, mas era um momento em que o jogo não encaixava mais. A noite tinha tudo para ser positiva, mas terminou com outra derrota.