Tropeço

Paraná Clube e Cascavel ficam no 0 a 0 na Vila Capanema

Um jogo de nível técnico ruim e de poucas chances de gol. É um resumo bastante apropriado para o Paraná Clube 0x0 Cascavel, ontem, na Vila Capanema. Sem reeditar a boa produção da primeira rodada, o Tricolor ameaçou pouco o gol adversário e terminou a rodada na quarta colocação do Campeonato Paranaense, com quatro pontos. O time do Oeste empatou a segunda seguida sem gols (a primeira foi contra o Atlético) e está na sétima posição, com dois.

Confira como foi o jogo e a ficha técnica no lance a lance de Paraná Clube e Cascavel

A etapa inicial foi complicada para o Paraná. Bem arrumado por Paulo Foiani, o Cascavel fechou as saídas tricolores – as arrancadas de Ricardo Conceição, a saída de Bruninho pela esquerda, o espaço que Lúcio Flávio precisa para pensar o jogo. Assim, Rossi e Carlinhos não apareciam, Netinho ficava preso à marcação e os donos da casa não sabiam o que fazer com a bola. Faltava movimentação – o que só foi acontecer na reta final do primeiro tempo, quando Rossi chamou o jogo e conseguiu bons lances.

A Serpente estava sossegada. Marcava, não precisava correr muito e tinha Marquinhos levando grande vantagem pela esquerda. Só faltava alguém na área, pois Jorge Preá e Henrique Dias produziam pouco. A melhor chance foi com o zagueiro Maurício cobrando falta do meio da rua, e Marcos apareceu bem para defender. Por isso o técnico Luciano Gusso já colocou Maiquinho e Rodrigo Tosi no aquecimento ainda durante a etapa inicial – se fosse o caso, os jogadores estavam prontos para entrar.

Tentando arrumar a casa, Gusso sacou Netinho e colocou Tosi. Aí Ricardinho passou para a lateral-direita e o estreante virou o cara da referência. Carlinhos e Rossi jogariam abertos e o Paraná tentaria botar pressão nos visitantes. Mas o panorama do jogo não mudou – porque o problema tricolor estava na falta de criatividade, com Conceição e Lúcio Flávio bem marcados e com atuação apagada. O Cascavel não corria riscos.

A salvação em brilhos individuais. Ou numa arrancada pelo lado do campo, ou por uma jogada de bola parada. Só que nada dava certo, a atuação regular da estreia contra o Prudentópolis não se repetia. E o Cascavel se engraçava, teve uma chance e tanto com Cléber chutando por cima. Lucas Pará entrou e a situação não mudou. E o tempo foi passando sem que o goleiro cascavelense Júnior fosse obrigado a trabalhar.

A última cartada de Luciano Gusso foi outro estreante, Maiquinho. O Tricolor tentou um abafa sem muita organização, tentando via chuveirinho o que não saiu com a bola no chão. E sem qualidade, não houve jeito de conseguir a vitória que levaria o time aos mesmos seis pontos de J. Malucelli, Coritiba e Londrina. A chance de recuperação é domingo, no clássico com o Atlético, no Joaquim Américo.