Rumo à Série A!

No caminho do acesso, Paraná Clube vê acertos da diretoria se refletirem em campo

Ao longo da Série B, Paraná Clube encontrou peças de reposição à altura, como o zagueiro Iago Maidana, que chegou no meio da competição e virou titular. Foto: Albari Rosa

A vitória sobre o Internacional, terça-feira, na Arena da Baixada, em uma noite considerada mágica pelos paranistas, cravou de vez o novo momento do Paraná Clube. Sofrido, com dificuldades financeiras sérias nos dez anos seguidos em que está na segunda divisão, o Tricolor, além de provar sua grandeza e de resgatar o “paranismo” que estava adormecido há muitos anos, ganhou de vez o status de um dos principais candidatos ao acesso na Série B deste ano.

O sucesso que está sendo colhido agora passa, sobretudo, pela reestruturação que a atual diretoria fez no departamento de futebol ao final do ano passado. O executivo Rodrigo Pastana foi contratado e mudou o rumo do futebol paranista. Com uma gestão mais profissional, o Paraná Clube, diferentemente das últimas temporadas, mais acertou do que errou nas contratações.

Mesmo quando perdeu peças importantes no decorrer do ano, conseguiu dar a volta por cima. Hoje, o Tricolor não tem apenas um time competitivo, mas sim um grupo fortalecido para buscar o acesso. No exemplo mais recente, o volante Leandro Vilela, que deve ficar fora por aproximadamente 40 dias por conta de uma lesão muscular na coxa, foi substituído a altura por Vinicius Kiss, que foi um dos destaques do duelo contra o Internacional.

Antes disso, a equipe já havia perdido o goleiro Léo, primeiro machucado e depois transerido para o Atlético, mas encontrou no goleiro Richard a solução imediata e eficiente para ser uma das melhores defesas da Série B do Campeonato Brasileiro. Perdeu também o meia-atacante Minho, mas conseguiu firmar o meia João Pedro e depois o jovem atacante Vitor Feijão.

Matheus Costa pegou o Paraná Clube no caminho e melhorou o aproveitamento do time. Foto: Albari Rosa
Matheus Costa pegou o Paraná Clube no caminho e melhorou o aproveitamento do time. Foto: Albari Rosa

Troca no comando técnico

Sem contar as trocas no comando da equipe. O técnico Wagner Lopes, no início do ano, tinha um trabalho sólido à frente do Paraná, mas acabou seduzido por uma proposta do futebol japonês. Talvez a opção por Cristian de Souza, desconhecido até então, tenha sido a pior aposta da atual diretoria. Mas o erro foi corrigido a tempo. Veio Lisca, mas o treinador, apesar de conseguir bons resultados, acabou sendo demitido pelo seu jeito explosivo depois de se desentender com o restante da comissão técnica.

Coube, então, ao jovem Matheus Costa, até então auxiliar-técnico da comissão permanente, dar sequência ao trabalho. A escolha foi acertada e os números provam isso. Já são cinco vitórias em seis partidas disputadas e a certeza de que o Tricolor está no caminho para conseguir o acesso. Isso tudo sem esquecer o apoio incondicional da torcida paranista. Não apenas no duelo contra o Inter, na Arena, mas durante toda a temporada, mesmo nos momentos mais difíceis.

“Foi encantador. Acho que todo jogo a gente está repetindo o que a torcida vem fazendo para nós todos aqui. Vale ressaltar o recorde de público na Arena da Baixada, uma marca histórica no estádio de um co-irmão, onde a nossa torcida provou mais uma vez que somos um clube grande”, apontou o treinador.

Confira a classificação completa da Série B!

A sintonia entre time, comissão técnica, diretoria e torcida deixa o Paraná Clube cada vez mais perto do seu objetivo, que é o acesso à primeira divisão. Ainda segundo Matheus Costa, a força coletiva do Tricolor tem dado resultado durante todo o ano, quando o clube derrotou times da Série A em duelos pela Primeira Liga e Copa do Brasil. Talvez o prenuncio do que será a temporada de 2018.

“Eu acho que isso a gente vem provando desde o início do ano, com os grandes jogos que a gente vem fazendo contra equipes de Série A também. Isso mostra a nossa força. Com muita dedicação, nós mostramos contra times de folha salarial maiores que a nossa, que podemos jogar de igual para igual. O nosso coletivo é forte e com isso nós podemos enfrentar qualquer adversário”, arrematou o comandante do Tricolor.