Tem que trabalhar

Jogadores ainda tentam assimilar trabalho de Roberto Fernandes

Roberto Fernandes soma apenas uma vitória em cinco jogos no Paraná. Foto: Daniel Castellano

Terceiro técnico do Paraná Clube na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro, Roberto Fernandes ainda não mostrou a que veio e nos cinco jogos em que esteve a frente do Tricolor, conseguiu apenas uma vitória e tem 20% de aproveitamento, muito abaixo do esperado, em que pese quatro das cinco partidas terem sido realizadas fora da Vila Capanema. Porém, os números ruins podem ser explicados pela dificuldade do time paranista de assimilar o estilo de trabalho do treinador, além da falta visível de qualidade do elenco montado pelo clube.

Apesar do trabalho diário e de ter tido, nas últimas semanas, um tempo a mais para trabalhar com o elenco paranista, o técnico ainda não criou uma identidade na disputa da segunda divisão. O atacante Fernando Karanga, que foi contratado no decorrer da Segundona, admitiu a dificuldade de alguns jogadores, mas credita também a falta de sorte da equipe nas últimas partidas.

“O Roberto Fernandes treina bastante com a gente, em dois períodos, e a gente assimila, sim, o trabalho dele, alguns não assimilaram, mas acredito que a maioria já assimilou. Está faltando a bola entrar. A bola bate na trave, corre em cima da linha e não entra. O adversário chuta de longe, desvia e entra. Estamos trabalhando isso. Nossa equipe assimilou todo o trabalho e vamos mostrar tudo na sexta-feira (contra o Bragantino)”, declarou o atleta.

Roberto Fernandes, apesar das dificuldades encontradas no Paraná, garantiu que o grupo está se dedicando ao máximo para fazer aquilo que ele está pedindo. Os resultados, porém, não foram os esperados e, se não fossem os tropeços dos seus concorrentes, o Tricolor poderia estar em uma situação ainda mais complicada na tabela. Por isso, o jogo desta sexta-feira (28), contra o Bragantino, na Vila, é fundamental para as pretensões do clube.

“Quando você muda de treinador em uma reta final de competição, de uma equipe que vem de uma queda brusca de rendimento, claro que tem problema. Mas estou acostumado na minha vida. Cada treinador tem uma forma de trabalho, um conceito. Neste momento tenho um grupo que está se esforçando ao máximo para fazer aquilo que a gente tem pedido. Em termos de desempenho, de análise tática, eles estão evoluindo jogo a jogo e o ambiente de trabalho é o melhor possível, independentemente dos resultados. Há uma harmonia entre comissão e atletas e, se pudesse fazer um pedido, gostaria de ter a tabela invertida e de ter feito, dos cinco jogos, quatro em casa e um fora”, cravou o comandante paranista.

O atacante Lúcio Flávio, ainda artilheiro do Paraná na temporada, afirmou que as trocas de técnicos ao longo da Série B atrapalharam o desempenho do time. O goleador, porém, admitiu que os jogadores têm boa parcela de culpa na falta de bons resultados.

“Claro que quando o time tem muitas trocas fica mais difícil e demora mais para encaixar. Mas a gente tem grande parcela de culpa por ter essas trocas também. Já tinha trabalhado com o Roberto Fernandes outras duas vezes, conheço ele bem e sei que a gente já assimilou o que ele quer. Um jogo de transição, velocidade, agressividade. Vamos colocar em prática essa filosofia na sexta-feira e todo mundo está com isso na cabeça. O mais é importante nesse momento é se juntar, comissão, jogadores, diretoria e torcida e, chegar nesse jogo contra o Bragantino e fazer um grande jogo”, concluiu.