Pelos votos

Visando eleição, Leonardo Oliveira toma atitude pra agradar sócios do Paraná Clube

Foto:Gerson Klaina/Tribuna do Paraná.
Atual presidente é candidato único e deve ser reeleito por mais três anos. Foto:Gerson Klaina

A aproximação das eleições do Paraná Clube para o próximo triênio, que acontece na próxima terça-feira (25), fez o presidente Leonardo Oliveira tomar algumas decisões que certamente vão influenciar diretamente no resultado das urnas. Em que pese não ter um bate-chapa, o atual mandatário paranista quer ter a aprovação dos sócios para seguir no comando do Tricolor. Uma dessas medidas foi a demissão do executivo de futebol Rodrigo Pastana, bastante contestado pela torcida e que, na prática, não deve alterar o quadro do clube no Brasileirão e capaz de evitar o rebaixamento à segunda divisão.

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Na manhã de terça-feira (18), Leonardo Oliveira enfim veio a público falar da atual situação do Paraná Clube, dentro e fora de campo. O atual mandatário paranista, que também recebe um salário para ser interventor judicial no acordo do ato trabalhista feito com a Justiça do Trabalho, justificou que a situação de Pastana ficou insustentável diante da sequência ruim de resultados.

“Não tinha mais como conviver com isso. Infelizmente, a mudança se fez necessária. O Pastana foi o dirigente que, enquanto esteve aqui, foi importante para a profissionalização do clube e trouxe grandes resultados. Infelizmente os resultados acabaram fazendo a situação insustentável e a saída dele foi natural. No futebol é assim que funciona”, contou Oliveira.

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No entanto, a saída de Pastana pode ter sido a melhor estratégia do presidente para conseguir se manter à frente do Paraná Clube pelos próximos três anos. O ex-executivo de futebol paranista tinha grande rejeição da torcida, já que foi o responsável pela montagem do elenco que caminha a passos largos para retornar à segunda divisão, e a sua demissão deve criar novamente um clima favorável ao atual mandatário do clube.

Leonardo Oliveira, na verdade, garantiu que não tem ambição de se perpetuar no poder do Tricolor. O cartola afirmou que vai respeitar a vontade dos sócios, mas acredita que o trabalho desenvolvido até agora é satisfatório. Não dentro de campo, mas especialmente fora dele, com o pagamento de dívidas deixadas pelas gestões anteriores e que impediram que a atual diretoria investisse mais em futebol.

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“A vontade do sócio será sempre respeitada. Não estou aqui para me consolidar no poder. Meu sonho é estar na arquibancada, torcer pelo Paraná. Adoraria estar viajando atrás do clube, torcedor e comemorando ao final dos jogos. Quando assume as funções, junto com elas vem as diversas situações que temos que conviver e que acabam até te fazendo crescer. Dependendo da vontade do sócio seremos eleitos. Estamos aqui porque achamos que podemos contribuir e o trabalho está sendo bem feito. Mas o sócio é o dono do clube e a sua vontade é sempre que vai prevalecer”, enfatizou.

Para Oliveira, a péssima campanha no Brasileirão não deve influenciar na aceitação dos sócios, já que a atual diretoria, nos bastidores, tentou, nos últimos anos, colocar a casa em ordem em um projeto a longo prazo.

“Em nenhum momento foi vendida inverdade ao torcedor. Vendemos as situações que podíamos cumprir. Sempre tratamos com muita responsabilidade e passamos a real situação que o clube vive. O momento do futebol não acredito que será o divisor de águas para a continuidade ou não. Nossos associados tem a real noção do que vem sendo feito, apesar dos resultados em campo. A continuidade está mais interligada a objetivos do que resultados, que é estar pagando contas, resolvendo problemas e não criando mais problemas para o futuro”, prosseguiu o cartola.

Confira a classificação completa do Brasileirão

Leonardo Oliveira vai apresentar suas propostas nesta quinta-feira (20), às 20h, na sede da Kennedy, em evento aberto aos associados do clube. O atual presidente paranista, no entanto, já adiantou que uma das suas metas é conseguir consolidar o Paraná Clube entre os 20 principais times do futebol brasileiro.

“Quando iniciamos, era impossível pensar nisso. Estávamos dez anos entre os 40 clubes do Brasil. Hoje certamente demos um passo com relação a isso e conseguimos mudar de patamar. Estamos buscando nos consolidar entre os 20 do Brasil. Esse é o próximo passo do trabalho e o objetivo dessa reestruturação”, concluiu.

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